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Ceará

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Valeska Andrade

Um estudo divulgado recentemente nos Estados Unidos confirma o que os pais há muito suspeitavam: a adolescência pode acarretar modificações no cérebro. Pesquisadores descobriram que o quociente intelectual (QI) pode aumentar ou baixar entre os 13 e os 18 anos – e a estrutura do cérebro reflete o aumento ou declínio. Os resultados mostram a primeira evidência direta de que a inteligência pode se modificar após os primeiros anos da infância e proporciona esperanças quanto à possibilidade de melhorar a capacidade do cérebro. Embora os pesquisadores ainda discutam o que os testes de QI medem, eles concordam que suas avaliações podem prever a capacidade de aprender e desempenhar determinadas tarefas e, até certo ponto, futuras realizações acadêmicas e o desempenho no trabalho.

Valeska Andrade

Hoje, a cada cinco crianças e adolescentes no Cadastro Nacional de Adoção, um tem doença grave ou algum tipo de deficiência. A chance de serem chamados de filhos diminui consideravelmente em relação aos saudáveis. “O perfil exigido pela maioria das pessoas realmente não contempla as crianças com problemas de saúde. É um desafio maior trabalharmos para que elas sejam escolhidas”, diz o juiz Nicolau Lupinhaes, do Conselho Nacional de Justiça, que gerencia o Cadastro Nacional de Adoção. Há, atualmente, 5.157 meninos e meninas registrados. Desse total, 1.356 (26,3%) apresentam algum tipo de problema: 176 têm deficiência física; 326 com doenças curáveis e 99 não curáveis. O estado de saúde de 206 é ignorado. O número de crianças e adolescentes com deficiência mental é de 410 – ou seja, 8% do total.

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Juízes e promotores de Justiça de todo país concederam, entre 2005 e 2010, 33.173 mil autorizações de trabalho para crianças e adolescentes com menos de 16 anos, contrariando o que prevê a Constituição Federal. O número equivale a mais de 15 autorizações judiciais diárias para que meninos e meninas trabalhem nos mais diversos setores: de lixões a atividades artísticas. O texto constitucional proíbe que pessoas com menos de 16 anos sejam contratadas para qualquer trabalho, exceto como aprendiz, a partir de 14 anos. Os dados do ministério foram colhidos na Relação Anual de Informações Sociais (Rais). Eles indicam que, apesar dos bons resultados da economia nacional nas últimas décadas, os despachos judiciais autorizando o trabalho infantil aumentaram vertiginosamente em todos os 26 estados e no Distrito Federal.

Maiores índices – Na soma do período, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina foram as unidades da Federação com maior número de autorizações. A Justiça paulista concedeu 11.295 mil autorizações e a mineira, 3.345 mil.

Valeska Andrade

Em 15 anos, o número de jovens com até 19 anos que engravidaram caiu proporcionalmente no País. Em 1994, 504 mil crianças e adolescentes tiveram filhos, contra 574 mil em 2009. Nesse período, o crescimento no número de gravidez juvenil foi de 13%, pouco mais da metade do aumento da população dos 15 anos, que chegou a 24%. Mas os dados apresentaram diferenças regionais significativas. Enquanto Sul, Sudeste e Centro-Oeste comemoraram uma redução absoluta nos números, Norte e Nordeste apresentaram uma alta de 58% e 55%, respectivamente, bem acima do aumento populacional. Segundo dados do DataSus, de cada cem grávidas no País em 2009, 19,9% eram crianças ou adolescentes, contra 19,8% de 15 anos antes. Já no Nordeste, essa média passou de 21,9% para 22,9%.

BR-101 – No Nordeste, os números apontam que a gravidez na adolescência caminha lado a lado com a exploração sexual comercial às margens das rodovias, em especial a BR-101, a mais movimentada da região. A reportagem do UOL Notícias analisou os dados de todos os municípios nordestinos cortados pela rodovia, que liga as capitais de seis dos nove estados da região: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em mais de 80% dos casos, esses municípios apresentaram índices de gravidez na adolescência maiores que a média do respectivo estado. O problema é ainda mais grave nas cidades das divisas e naquelas consideradas dormitórios.

Valeska Andrade

Estudo divulgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) concluiu que a infraestrutura das escolas é fator decisivo para melhorar a aprendizagem. Foram analisados cerca de 3 mil colégios de ensino fundamental, urbanos e rurais, em 16 países da América Latina. Em média, 88,3% dessas escolas não tinham laboratório de ciências e 64,9% não dispunham de laboratório de informática. O estudo, com dados de 2006, tem enfoque nas séries iniciais do ensino fundamental. Os pesquisadores compararam resultados dos alunos em testes de Matemática e Língua Portuguesa ou Espanhola e constataram que a presença de laboratórios de informática e de ciências, biblioteca e sala de artes contribui para aumentar a nota. No Brasil, participaram 5.711 alunos do 3º ano e 5.422 do 6º ano, de 155 escolas de 25 estados

Valeska Andrade

Mais da metade dos alunos do 6º ano do ensino fundamental da maior parte das escolas latino-americanas confessa ter sido vítima de roubos, insultos, ameaças e agressões de colegas, revela estudo de especialistas chilenos e espanhóis. Baseado em dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e desenvolvido entre 2005 e 2009, o relatório aponta o roubo (39,4%) como a agressão mais frequente, seguida da violência verbal (26,6%). Os autores do estudo examinaram os resultados de 91.223 estudantes de 16 países latino-americanos, entre eles o Brasil. A análise revela que 51,1% dos estudantes dizem ter sido vítimas de bullying no mês anterior ao da pesquisa. Outra descoberta é que os meninos sofrem mais de bullying que as meninas.

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Começam até o fim do mês, em Fortaleza (CE), testes em crianças e adolescentes de uma vacina contra a dengue. No Brasil, outras quatro capitais participam dos testes clínicos: Vitória (ES), Natal (RN), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS). A aplicação da vacina candidata a prevenir a dengue será feita em três doses e deve durar dois anos. Em Fortaleza, os testes ocorrem na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), sob a coordenação do professor Luís Carlos Rey. Serão escolhidos 800 voluntários entre moradores de bairros com alta incidência da doença e que tenham entre 9 e 16 anos. Vale lembrar que, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), 25% dos casos de morte por dengue no Brasil, em 2007, foram de pessoas com menos de 15 anos.

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A Fundação Carlos Chagas realizou, em parceria com diversas universidades brasileiras, a pesquisa Consulta sobre a qualidade da educação infantil, que avaliou quase todos os quesitos como inadequados nas escolas públicas. O estudo analisou pontos como motricidade, arte, música, brincadeiras de faz de conta, promoção e aceitação da diversidade, interação com os professores etc. Este último, inclusive, foi o único que se mostrou satisfatório. Os dados foram apontados pelo doutor em Letras, Augusto Batista. O pesquisador acredita que as crianças da rede privada começam a estudar já sabendo de muitas coisas devido aos “eventos de letramento” vivenciados nas famílias. Batista diz que quando os pais leem livros, jornais, e-mails, contam histórias e inserem a criança nesses processos, estimulam a compreensão.

Valeska Andrade

Já no primeiro mês de vida, quando deveriam só mamar no peito, 17,8% das crianças brasileiras provam outros tipos de leite e alimentos. Na avaliação de Rosana De Divitiis, coordenadora da International Baby Food Action Network (Ibfan Brasil), entidade pró-aleitamento, o que faz os pais darem esses alimentos aos bebês é a propaganda maliciosa das empresas. “A indústria não tem como competir com leite materno de forma honesta”, diz. Em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a Ibfan faz uma checagem anual para ver se empresas estão cumprindo a lei que restringe a divulgação de leites, fórmulas, alimentos de transição, chupetas e mamadeiras. Na pesquisa deste ano, as entidades acharam 95 irregularidades em produtos de 76 empresas.

Problemas – Os maiores problemas observados são os rótulos dos produtos e a forma como são expostos nos pontos de venda. A legislação obriga os fabricantes a incluir alertas sobre a importância da amamentação e proíbe promoções ou sugestões de semelhança com o leite materno. Nos mercados, esses itens não podem receber destaque.

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O número de matrículas na educação básica pública está em queda no Brasil, como comprovam dados preliminares do Censo Escolar 2011 divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Em 2009, o País apresentava um total de 43 milhões de alunos matriculados nos ensinos fundamental e médio. Hoje, são 41 milhões estudantes. A queda no índice de natalidade do País e a menor taxa de reprovação dos alunos são fatores apontados como preponderantes para que o ensino fundamental (1º ao 9º ano) conviva com o ingresso cada vez menor de alunos. Em todo o território nacional, a quantidade de crianças que ingressaram nessa etapa caiu de 27,6 milhões para 25,8 milhões, o que equivale a uma redução de 6,5%.