Aberto o debate e todos que estiveram interesse, é só postar em seu blog e iremos publicar, não queremos polêmica e sim levar a nossa sociedade o que a Fisioterapia tem a oferecer a sociedade.
Antes de começar: Aurélio online:
RECONSTRUÇÃO = Ato ou efeito de construir
RECONSTRUIR = Construir de novo / Reedificar / Renovar / Refundir
RECONSTRUÇÃO MÚSCULO-ARTICULAR = renovação músculo-articular
Pergunta: É possível fazer uma renovação das condições musculares e articulares?
Através do blog do Dr Jorge Brandão (, fisioterapeuta da FisioVida em Fortaleza-CE, cidade onde morei por muito tempo e onde iniciei meus estudos em Fisioterapia, acessei um site que colocava em xeque alguns procedimentos particulares da fisioterapia, mais especificamente, a tração vertebral. O problema não é colocar em xeque! Absolutamente! O problema é fazê-lo de modo irresponsável e enganador.
Caros amigos, Fitz Ritson, no ano de 1984!!! no Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics (Mar; 7(1):39-49), publicou um artigo com o título: Therapeutic Traction: a review of neurological principles and clinical applications, ou , Tração Terapêutica: revisão dos princípios neurológicos e aplicações clínicas. Neste artigo vocês podem verificar que a tração vertebral cervical quando aplicada em conjunto com exercícios isocinéticos e manipulações quiropráticas, tem efeito extremamente positivo sobre as cefaléias tensionais originadas a partir da musculatura posterior do pescoço somado a uma biomecânica patológica da coluna cervical.
Veja mais: http://reinaldodosanjos.blogspot.com/
Caros amigos,
Essa vai ser uma boa discussão…
Após ler os trabalhos que foram apresentados como defesa da prática da tração, percebi que o colega que os enviou não fez uma leitura atenta, pois se o tivesse feito veria que alguns não apresentavam diferenças significativas entre grupo e que em outros os tratamentos mistutravam várias técnicas ao mesmo tempo,diminuido a qualidade da conclusão. O fato é que não há comprovação de que a tração seja melhor que outras formas de fisioterapia. Sou um grande defensor da fisioterapia, mas da fisioterapia que tenha evidências irrefutáveis, como é o caso das eletroterapias e cinesioterapias clássicas. Estou esperando mais trabalhos que sustentem a tese da superioridade da tração em relação à história natural e em relação às outras excelentes técnicas que temos na fisioterapia. Gostaria, ainda de obter a opinião dos colegas do Pilates, RPG e outras especialidades da fisoterapia. Forte abraço a todos.
Sugiro que todos leiam o trabalho a seguir:
Nonpharmacologic Therapies for Acute and Chronic Low Back Pain:A Review of the Evidence for an American Pain Society/American College of Physicians Clinical Practice Guideline.
O acesso é livre na internet. É muito interessante, pois em 34 páginas faz uma avaliação global de métodos não-farmacológicos de tratamento.
Solicito que vejam as conclusões, mas uma coisa ele diz: TRAÇÃO NÃO É MELHOR QUE O PLACEBO… PELO CONTRÁRIO, COMO PODE ACARRETAR COMPLICAÇÕES, É MELHOR O PLACEBO!
Solicito aos colegas que possam enviar trabalhos na íntegra, pois a simples leitura de resumos não possibilita uma boa discussão.
Bom dia a todos,
O colega Reinaldo dos Anjos utiliza em sua defesa de idéia de que a tração é método efetivo o seguinte trabalho: Cleland et al (J Orthop Sports Phys Ther. 2005 Dec;35(12):802-11.), cuja íntegra pode ser lida neste link(http://www.udel.edu/PT/manal/HaifaNov07/Day1/ClelandCxRadicCaseSeries.pdf) e faz os seguintes comentários “numa série de casos de consecutivos pacientes com radiculopatia cervical, observou que de 91% dos pacientes demonstraram significativa redução da dor e melhora na função quando tratados com terapia manual, TRAÇÃO cervical e exercícios de fortalecimento muscular”.
O QUE ELE NÃO DISSE É QUE O TRABALHO, COMO VOCÊ PODERÃO LER FOI FEITO AO LONGO DE 6 MESES, COM APENAS 11 PACIENTES E QUE FOI TOTALMENTE INCONCLUSIVO.
“However, because a cause-and-effect relationship cannot be inferred from a case series, follow-up randomized clinical trials should be performed to further investigate
the effectiveness of manual physical therapy, cervical traction, and strengthening exercises in a homogeneous group of patients with cervical radiculopathy”.
Sinceramente, 91% de alívio em seis meses, vamos ter paciência… O nome disso é HISTÓRIA NATURAL.
Estou esperando mais argumentos, mas que sejam corretos e não tendenciosos.
E mais uma vez, um excelente dia a todos.
Em outro trabalho apresentado pelo Colega Reinaldo dos Anjos “The effect of cervical traction combined with conventional therapy on grip strength on patients with cervical radiculopathy. Joghataei MT, Arab AM, Khaksar H” que ele usava como argumento pró-tração, de fato, é um argumento forte contra o uso da tração, pois ao final do tratamento não houve superioridade de em relação ao grupo controle
Veja:”no significant difference was found between the two groups in the after 10 treatment sessions grip score (p = 0.65)”
É bricadeira…. Se não forem apresentadas argumentações sérias como a que eu enviei, eu considero a discussão encerrada por WO. Pode ser?
Dessa forma, fica provada que as macas de tração não servem para a finalidade proposta pelo tratamento denominado RECONSTRUÇÃO MUSCULO-ARTICULAR DA COLUNA VERTEBRAL E QUE, POR CONSEQUÊNCIA DEVERIAM SER ABOLIDOS. ALÉM DISSO, O TERMO “RECONSTRUÇÃO” NÃO SOA APROPRIADO PARA ESTA TÉCNICA!
PONHO FIM NA DISCUSSÃO.
Dr. Henrique da Mota ficamos satisfeito com esse debate e com sua participação, você também cita o pilates e a RPG, já falei anteriormente que nenhuma técnica pode ser colocada como salvadora e somente os limitados podem dizer que isso ou aquilo resolve o problema, a prática em relação a reeducação postural ou cinesioterapia(pilates…) tem haver com utilização correta da musculatura e da respiração, nessas técnicas não trabalhamos focados no local da lesão mas em todo o contexto da biomecânica, assim, não se faz necessário comprovação da técnica de modo geral e sim de cada movimento trabalhado, por isso não podemos admitir um grupo de pessoas realizando os mesmos exercícios, levando em consideração o objetivo que se deseja alcançar. Assistimos na prática clínicas de fisioterapia transformadas em academias o que absolutamente incorreto. Também tive a oportunidade de ler em seu blog sobre seu pensamento quanto à fisioterapia e tenho que concordar com relação ao que se chama fisioterapia clássica e sou um defensor, o que tem de ser analisado são os parâmetros utilizados e a forma de aplicação. Esse cuidado também deve ser tomado com relação à osteopatia, RPG e muitas outras técnicas, o maior cuidado que um fisioterapeuta deve ter não é defender essa ou aquela técnica e sim acreditar que todas são recursos, o bom senso baseado na literatura e nos resultados da clínica deve fazer saber qual, quando e de que forma deve ser aplicado.
Me peguei pensando a umas duas semanas atrás, quando teríamos uma boa discussão aqui… Parece que chegou a hora.
Como não tive acesso à íntegra da maioria dos artigos citados pelo colega, faço algumas questões à serem levantadas:
– Como foram realizadas essas trações?
– Manuais ou mecânicas?
– Mesa de tração?
– Qual peso/ pressão utilizado por essas trações?
– Por quanto tempo?
– Em que tipo de processo inflamatório a tração foi aplicada com bons resultados? Agudo, Sub agudo? Crônico?
Antes de citar artigos, falarei por experiência própria, que muitos pacientes se beneficiam de tração MANUAL quando em crise aguda ou subaguda, porém, somente ela não realiza milagres, promovendo efeitos apenas durante a aplicação da pressão na vértebra supra e infrajacente ao disco…
O disco vertebral é basicamente composto por água e proteoglicans, sendo ainda avascular e aneural o que dificulta a regeneração desse tecido. Em isso posto, a proposta da tração seria: afastar as vértebras, o que promoveria uma aumento da pressão negativa interna do disco e tensionamento do ligamento longitudinal posterior (que conecta os corpos vertebrais e o centro do aspecto póstero-lateral do disco, local onde surgem as maiorias das hérnias e protusões), o que em teoria, faria a protusão ou herniação diminuir a compressão da raiz nervosa e assim promover alívio dos sintomas, acontece que se houve uma herniação, ou protusão, significa que houve fraturas das fibras do anulo fibroso e que esse disco JAMAIS retornará a ser o que era antes. Percebe-se assim que só a tração é insuficiente para promover efeitos duradouros e realmente salutares ao paciente.
Inúmeros artigos, apontam a fraqueza de músculos profundos da região lombar, principalmente os multifídos como causadores de instabilidades vertebrais, dores crônicas e surgimento de herniações/ protusões, ficando claro que tem que haver um trabalho de recrutamento dos músculos profundos do tronco, músculo esses que podem ser desenvolvidos por diversas técnicas ( pilates, estabilização segmentar, rpg, rpg australiano, cadeias músculares etc) , não entrando aqui a musculação propriamente dita, pois esses músculos possuem maior quantidade de fibras vermelhas, de longa duração e não se fortalecem com simples exercícios concêntricos.
RMA (reconstrução músculo articular, nada mais é que uma técnica criada por um fisioterapeuta (como inúmeras outras). Se realmente tem valia, cabe ao criador da técnica comprovar seja por artigos escritos e publicados em revistas indexadas, ou ainda trabalhos de apresentação em congressos.
Entendo que cada qual queira defender sua opção, técnica, mas o que vale é o bom senso: Nenhuma terapêutica/técnica é absoluta!!! A tração pode até ser válida, mas sozinha e sem um trabalho bem feito com técnicas que a complemente e recrutem o músculo, de nada servirá.
Alguns artigos que achei aqui no meu Hd para quem tiver interesse:
– TRACTION FOR LOW-BACK PAIN WITH OR WITHOUT SCIATICA. Clarke JA, Tulder MW, Blomberg SEI, Vet HCW, Heijden GJMG, Bronfort G, Bouter LM. Traction for low-back pain with or without sciatica (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 2, 2007. Oxford: Update Software.
– Lumbar spine traction: evaluation of e?fects and recommended application
for treatment. M. Krause, K. M. Refshauge, M. Dessen, R. Boland. Manual Therapy (2000) 5(2), 72±81 ( excelente revista indexada australiana, voltada para terapia manual).
– Effect of lo%, 30%, and 60% Body Weight
Traction on the Straight Leg Raise Test of-
Symptomatic Patients With Low Back Pain
Thomas F: Meszaros, MS, P7; FAAOMPT1
Ronald Olson, PhD2
Kornelia Kulig, PhD, PT3
Douglas Creighton, MS, P7; OCS, FAAOMPT4
Edward Czarnecki, M D. Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy
2000;30(10) :595-601
– Children and Adolescents With Low Back
Pain: A Descriptive Study of Physical
Examination and Outcome Measurement
Shannon N. Clifford, MPT1
Julie M. Fritz, PT, PhD, ATC2. J Orthop Sports Phys Ther • Volume 33 • Number 9 • September 2003
Esses para citar só alguns dos inúmeros que abordam o tema.
Caro amigo Jorge,
Inicialmente, é um grande prazer estar em contato com você. Sua contribuição para a fisioterapia cearense é inegável e sua visão profissional é um exemplo a ser seguido por todos aqueles que queiram exercer a profissão de forma ética e efetiva.
A fisioterapia é uma atividade essencial na recuperação funcional dos pacientes com dores na coluna – não vejo a minha atividade de clínico e cirurgião da coluna sem ela! – mas para tirar tudo o que ela tem de excelente, o profissional deve ter uma grande abrangência de conhecimento teórico-prático.
Eu queria estender esta discussão para a grande importância das técnicas de fisioterapia nas patologias da coluna, principalmente ressaltando a importância dos tratamentos multidisciplinares.
Hoje, julgo inconcebível o meu trabalho sem a importante participação da fisioterapia e da psicologia especializada em dor. Montei de forma pioneira este sistema, para a abordagem dos casos mais complexos, onde já foram tentados todos os tratamentos convencionais, já passou o tempo da resolução pela história natural. Estou feliz com os resultados obtidos e estas constatações encontram igual percepção entre diversos colegas de áreas afins. Temos que continuar neste caminho.
Aqui, em nossa conduta, recorremos a várias técnicas de fisioterapia, como RPG, Pilates, Osteopatia, com satisfação total. O principal fator é a boa indicação e a competência dos profissionais.
No entanto, tanto no campo da fisioterapia, como no campo das cirurgias da coluna, estão surgindo técnicas que fazem sucesso sem respaldo científico e prejudicando a saúde dos pacientes e este comportameto deve ser combatido com seriedade. Calar é consentir esta corrupção dos costumes terapêuticos.
Se você tiver tempo, dê uma olhada no editorial que eu escrevi para a Revista da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna, onde fiz uma crítica aos métodos cirúrgicos aplicados às dors discogênicas e ao artigo que foi publicado no informativo da mesma sociedade com relação à comparação entre tratamentos conservadores x cirugias em diversas patologias da coluna. Para sustentar estes argumentos diante dos colegas cirurgiões, contrariando interesses presentes, tive que estar bem fundamentado e extendi estas estudos para os aspectos não-cirúrgicos.
Daí a ideia de fazer a crítica inicial ao método RECONSTRUÇÃO MÚSCULO-ARTICULAR DA COLUNA VERTEBRAL E A OUTROS MÉTODOS, SEJAM ELES CIRÚRGICOS OU NÃO.
Sei que uma ideia pode ser contrária a fortes intersses vigentes, mas nós temos o dever cívico de combater os sofismas e afastar as falácias do nosso meio.
Grande abraço a todos e agradeço a oportunidade de expressar minhas opiniões.
Caro Dr Renato Azevedo,
Inicialmente, parabenizo sua clara visão do problema e concordo com sua avaliação sobre a RMA da coluna vertebral. Estas técnicas de tração são remanescentes do tempo em que se tinha a concepção de que o principal fator causal das dores, na presença de uma hérnia discal, era o compressivo. Ocorre que hoje sabemos que os componentes imune e inflamatório tem um peso bem superior. No disco intervertebral, ocorre uma coisa bastante incomum no corpo: o núcleo pulposo é o que chamamos de antígeno sequestrado. Ele não foi apresentado ao nosso sistema imune quando do período de desenvolvimento embrionário, o que gera, no monento de sua ruptura e apresentação, uma forte reação imune do tipo corpo estranho. Tendo em vista esta realidade, as trações realizadas com aqula maca não apenas são ineficazes no tratamento deste processo inflamatório e imune, com pode aumentar a apresentação de material “estranho”, causando uma piora do quadro.
O que motivou minha expressão de descontentamento com esta técnica sem fundamento foi o fato de estar recebendo uma grande quantidade de pacientes vindos muito ruins após este tratamento, pondo grande dificuldade ao meu tratamento, com redução dos índices de sucesso pelo tratamento conservador ou intervencionista, levando muitos destes pacientes a uma cirurgia como último recurso. Em resumo, esta RMA da coluna tem lavado para a cirurgia pacientes que ram pra ter curado naturalmente, prestando um risco enorme à saúde das pessoas.
Forte abraço.
Caros colegas, um debate de nível é sempre bom. Interessante ver diversas opiniões, e todas defendidas com bons argumentos, em alto nível, todos demonstrando conhecimentos de suas diferentes abordagens, sinto falta disso na nossa profissão…
Caro Dr. Henrique, a questão do núcleo ser um antígeno sequestrado, é um dos fatores mais complicados a se tratar, e demonstrar que a utilização da medicação nesses casos (principalmente no quadro agudo) é de extrema valia. Lembrei-me agora, que no método cyriax, (onde existem manobras de manipulação do disco, não deixando de ser uma tração visando criar o que citei no primeiro post), na Europa, se utiliza de infiltrações realizadas pelos médicos através do hiato sacral, até chegar nas meninges, o que promove um efeito antiinflamatório que somado às técnicas tão bem conhecidas dentre os fisioterapeutas podem promover efeitos benéficos ao paciente. Em se tratando de Brasil, onde nós não podemos realizar uma infiltraçao, e devido ao fato do método não ser bem difundido aos médicos aqui no brasil, dificulta e muito tratar um paciente apenas com manipulações de disco…
Gostaria que se possível postasse o link do editorial da revista de cirurgia de coluna se o mesma existir na web e aberta para não membros, para que possamos debater.
Atenciosamente
Renato Azevedo
Ahh, a quem interessar possa, ao invés de procurar por RMA, que é um método novo e usado apenas aqui no Brasil, procurem por “traction distraction table”
Vale ressaltar que estou aqui fazendo o papel de crítico, não sou contra a técnica, porém acho que só ela não resolve absolutamente…
Em pacientes agudos pelo já dito nos posts anteriores, não vejo grande valia, na fase sub aguda em diante, creio ter mais valia…
Algum colega com mais experiência ou informação pode me dar dicas de como é realizado o trabalho? Talvez o próprio desenvolvedor da técnica…
Oi Renato,
Atendendo sua solicitação segue link do editorial.:http://www.scielo.br/pdf/coluna/v8n4/v8n4a01.pdf
Caro Renato,
Você tocou no assunto das infiltrações caudais como auxílio para o início das fisioterapias e isto é uma grande verdade.
Se você receber um paciente com controle do quadro inflamatório seria o ideal, não é?
Após os bloqueios analgésicos, as técnicas da fisioterapia caminham com maior velocidade e eficácia. É exatamente isto que tenho feito em nosso serviço, e a fisioterapia agradece!
Acho que a realização de trações em situações “inflamadas”não é uma boa opção. De fato, esta tração mecanizada não é opção em nenhum caso… Nada como a bela e clássica cinesioterapia.
Além da infiltração caudal, no entanto, é essencial que se possam fazer infiltrações foraminais, facetárias e de bloqueio do sistema simpático no entorno do gânglio da raiz dorsal de L2, em situações ditadas pelo exame clínico. É esta sistematização que caracteriza o Método da Neuroporação. Vale a pena contar com esta contribuição das técnicas intervencionistas da coluna.
Caros Colegas,
Eu acredito que o motivo principal que alimenta essa discussão é a falta de conhecimento apronfundado sobre o Programa de Tratamento.
Vejam, o que foi apresentado acima foram estudos científicos que (em sua maioria) compararam a técnica de tração articular isolada versus fisioterapia (clássica, convervadora, convencional, enfim!).
Para quem conhece o RMA, sabe que é um Programa de Tratamento, e não uma técnica isolada. Sabe também que o principal mecanismo de tratamento é a reunião de algumas técnicas e métodos já consagrados pelas evidências, como a Fisioterapia Manual + tração vertebral + exercícios de controle motor (estabilização articular) + Pilates.
Ou seja, + (mais). O propósito não é julgar a aplicação da técnica isolada, porque não é isso que o RMA preconiza.
Acredito que quando os colegas criticaram o RMA, não estavam atentos para esse fato ou o desconhecia.
Boa Noite a todos!
Caro Pedro,
A constatação que faço é que a presença da tração mecanizada dentro deste protocolo não é importante para o resutado final e que pode ser causadora de lesões e inflamações neurais, agravando o componente neuropático das algias.
Em nosso serviço, com a utilização conjunta das técnicas de bloqueios analgésicos guiados por imagens + fisioterapias clássicas + técnicas cognitivo-comportamentais, obtemos um sucesso de cerca de 95% no prazo de 7 a 10 dias.
Para você ter uma ideia, em 48 horas de tratamento mais da metade dos pacientes já se encontra com plena atividade, após ciáticas ou lombalgias que permaneciam presentes por meses.
Nós não usamos trações e desafio qualquer outra sistemática que possa obter igual sucesso.
Você pode até segurar sua opinião, mas não tenha dúvida: se um dia tiver uma ciatalgia persistente, me procure e não faça tração.
Forte abraço a todos
Caro Henrique da MOta:
“95% no prazo de 7 a 10 dias”
Já publicou algum trabalho com esses dados? Pergunto porque em seus posts pregressos, o ví defendendo a “fisioterapia clássica” (TENS, US, Gelo ??? Ou ainda interferencial, ondas curtas, Laser??, alongamento?) como forma de tratamento, e no entanto, TODOS os fisioterapeutas sabem que como condutas ela são insuficientes para reestabelecimento pleno da saúde do paciente. Mesmo que acrescido a outras técnicas como citou (psicologia, medicação), as chances de um paciente ter melhora com esse tipo de tratamento, não faz parte da minha realidade.
Deixo claro, que na minha opinião, a “fisioterapia convencional” tem sua valia quando somada à outras técnicas fisioterapêuticas que a complemente.
Caso possua artigos publicados em revistas indexadas, demonstrando esses dados afirmados acima, gostaria de lê-los.
Tenho respostas muito boas com meus pacientes trabalhando com acupuntura, terapia manual (manipulações, crochetagem, ENM, cunhas de Dejarnet, liberações miofasciais, trações manuais, alongamentos, exercícios de estabilização segmentar, técnicas posturais…) e também Interferencial, e U.S. terapêutico, dentre várias outras técnicas, com boa resposta dos pacientes e pleno reestabelecimento de suas Avds. Encaminhamento para um profissional médico se assim o achar necessário, e pós saída da crise encaminhamento para pilates, pois tenho obtido excelente resposta no “follow up” evitando ou esparsando e muito as crises desse paciente.
Lógico que como dito anteriormente, nada é absoluto, por vezes alguns pacientes não ficam bons com a terapia e nem possuem melhoras, porém, essa é uma minoria dos casos atendidos, sendo então orientado a procurar algum cirurgião de coluna.
Saudações e continuo no acompanhamento das discussões.
Ps: Jorge seu Blog está de parabéns, que mais discussões assim surjam e que mais pessoas opinem, assim cresceremos bastante em difusão de conhecimento aos diversos profissionais de saúde que aqui frequentam, se estendendo também aos pacientes/ leitores que por aqui procuram alguma informação.
Caro Renato,
O grande diferencial é a realização das técnicas intervencionistas. Este foi o grande salto. Com ela, eu já entrego o paciente ao fisioterapêuta, no dia seguinte, com uma dor substancialmente aplacada. Dessa forma ele pode avançar com segurança. Além das infiltrações ebloqueios, uso medicamentos novos que fazem um bom controle do componente neuropático. Os resultados obtidos com a junção das forças é impressionante mesmo. É esta a exata impressão que tem os pacientes, que, por vezes estavam, havia anos, com dores invalidantes. No blog, você pode encontrar casos reais de pacientes com quadros extremos de dores e degenerações que tiveram a resolução com um protocolo sistematizado que batizei de NEUROPORAÇÃO. Estou concluindo um estudo de mais de 3000 casos para um grande congresso ou publicação de impacto.
Bom dia.
Gostaria de Eximir minha ignorância, eu ainda nem sei e desconheço o que seja fisioterapia convencional, até o momento me parece ser aplicar a fisioterapia sem parâmetros ou empiricamente, também chego a acreditar ser: aplicar logisticamente recursos fisioterapêuticos com o objetivo de sanear interesses econômicos diante dos planos de saúde. Estou certo ou errado? Gostaria dos colegas ajuda para definir esses propósitos, ainda não conceituados em nossa literatura, também nessa velocidade de mudanças quando ainda não temos o óbvio esclarecido e dentro desse fantástico mundo novo em que nossos colegas estão vivendo, mesmo distante de uma realidade favorável a recuperação dos pacientes, ainda sou apresentado a algo que nunca tinha ouvido falar: protocolo CoreBack. Talvez por permanecer muitas horas em minha vida debruçado em meus livros não somente os técnicos, mas em outras áreas, eu tenha perdido tais explicações, sendo assim e conforme o andar dessa carruagem chego a indagar, como os sábios que nos antecederam nesse processo de recuperar pessoas através de recursos físicos do mundo ocidental: elétrico, exercícios , manuais… Por que não expandir aos métodos orientais em que a água, fogo, terra … Instrumentos necessários a vida, analisariam esse momento? Eles foram capazes de cuidar das pessoas e durante milhares de anos transformaram vidas. Os meus sentimentos me levam a crer que os novos rumos da fisioterapia caminham em direção aos egos insuflados, para preencher quem sabe frustrações e aniquilar a verdadeira razão da existência de nossa missão como fisioterapeutas.
Fazia tempo que não via tão rica troca de idéias. Acredito que esse tipo de discussão só tem a acrescentar à sociedade e a quem participa da mesma.
Estimados colegas, como vocês puderam verificar acima, citei alguns estudos acerca da tração como procedimento fisioterapêutico no tratamento da coluna, alguns dos quais foram, elegantemente, refutados por nosso colega de discussão Dr Henrique Mota. Contudo, registre-se que não defendo a tração como algo extremamente necessário para a recuperação de nossos pacientes. Na prática clínica já vi resultados satisfatórios e outros nem tanto. Aliás, considerando a composição do disco intervertebral – muito bem delineada por nosso amigo Renato Azevedo, acima – a tração pura e simples não acredito ser benéfica, e sim uma tração que favoreça o movimento de entrada de nutrientes e saída de catabólitos, pela geração uma pressão negativa seguida de uma positiva. Por conta disso, confesso que no tratamento das alterações de coluna utilizo uma abordagem que não envolve tanto a tração, e sim o conceito de hipermobilidade secundária a uma disfunção somática em outro nível vertebral. Gostaria apenas que os amigos atentassem para o fato de que, assim como existem estudos com ótimos resultados em grupos amostrais específicos, há outros que mostram a ineficácia do procedimento. Isto é uma realidade tanto nos universo de técnicas fisioterapêuticas, como em qualquer outra profissão. Em minha prática profissional é extremamente comum ouvir queixas de pacientes sobre recidivas após submissão a processo cirúrgico por conta de hérnia de disco. O que não me faz, nem minimamente, mudar de idéia quanto a importância que uma cirurgia tem para alguns pacientes.
Notem que nenhum estudo se referiu a tração eletrônica. Portanto, uma necessidade que temos:desenvolvimento de estudos que avaliem a eficácia deste tipo de tração. Após a publicação dos resultados, sendo estes consistentes e significativos, aí sim! Poderemos abertamente dizer que tal procedimento é uma mentira ou uma verdade. Enquanto isso prefiro ser mais desconfiado, como o Riobaldo, que outra coisa. Parabéns, Dr Henrique Mota pelo editorial. Particularmente, admiro quem busca associar arte e vida profissional.
Caros amigos,
Estarei viajando amanhã e me ausentarei da discussão. Vejo tudo após a volta.
Forte abraço a todos.
Caroa Jorge,
Talvez eu possa ajudá-lo nesta definição do que viria a ser a fisioterapia convencional…
Existem duas fisioterapia: a convencional, que está convencionada e validada pela boa prática e a, digamos assim… fisioterapia “invencional”, que seria toda aquela que não está validada.
Dentro das fisioterapias “invencionais”, temos que fazer uma classificação por graus de razoabilidade, baseada nos conhecimentos científicos atuais, ok?
Na filosofia, existe um termo chamado grau de razoabilidade para discussão dos conceitos de verdade e verossimilhança…
Por exemplo, a microfisioterapía seria uma de baixa razoabilidade, pelo seu aspecto um tanto exotérico, digamos assim.
Uma terapia CoreBack como a que vem sendo desenvolvida pelo Wiron, com fundamentos biomecânicas profundos e técnias que se baseiam na cinesioterapia e eletroterapia, como forma de aplicar uma reabilitação após procedimentos intervencionistas de cunho antiinflamatório, com eu faço, é muito razoável. Fala com ele que ele te explica melhor…
Neste meio ficam outra técnicas.
A propósito, Jorge, vou marcar com você e o pessoal do Blog, uma visita técnica para ver nossa atividade e entender melhor o que tenho dito aqui.
Sem falsa modéstia, estamos muito adiante de tudo o que está sendo feito em nosso especilidade e você desconhecem tudo isto que pode ajudar o desempenho de suas atividades na fisioterapia,dando a você um paciente com controle inflamátorio pleno, facilitando o trabalho que interessa.
Muitíssimo inteligente a definição de “Fisioterapia Convencional”. Pena que não tenha vindo de um dos fisioterapeutas que defendem essa “especialidade”. Todavia, o caráter pessoal e, permitam-me, “invencional” da mesma, não autorizam que ela passe do plano dos conceitos do senso comum para um outro plenamente estabelecido legal e profissionalmente.
Em primeiro lugar gostei demais dessa discussão pois me ajudou no andamento da elaboração do meu artigo!
Na minha opinião, a tração vertebral sendo realizada no tempo, força e angulação ideal, é sim um trabalho altamente benéfico, salve as questões que envolvem a ATM. Obrigado.
Boa noite,
Bem, em primeiro lugar, depois de ouvir meu fisioterapeuta falar sobre o debate que ocorria nesse site, resolvi dar minha contribuição sobre o assunto. Tenho uma protusão em um disco da minha lombar e sofri até então durante 11 meses com dores fortissimas que para os ortopedistas e neurologistas que me atenderam, não tinha fundamento. Fiz 5 meses de fisioterapia padrão e senti um leve alivio mas sempre com dores persistentes. Passei por dois procedimentos de bloqueio anestesico na minha coluna e mesmo assim continuei sentindo as dores. Me receitaram antidepressivos, anti-inflamatorio, massagem e uma psicologa e mesmo assim continuei a sentir dores. Um amigo me disse que tinha realizado um tratamento utilizando essas mesas e que havia sentido melhora e resolvitestar, pois o medico me disse que agora a unica opção seria a cirurgia e depois de 30 dias passando pela m,esa e realizando todos os exercícios posso dizer que minhas dores estão em controle, então me pergunto se estou ficando louco quando leio todas essas afirmaçoes de que é perigoso e que de nada adianta essa tecnica. queria saber até onde a verdade de cada um seria uma verdade real. foram 3 medico diferentes e varios fisioterapeutas e apesar de perceber o interesse na minha melhora de nada adiantou. agora o que melhorou minha vida esta sendo colocado com ridiculo. pelo que piude enterder, a maca foi usada durante um periodo para alivio e em seguida só realizei exercicios e agora estou melhor. meu fisioterapeuta disse que a discurssao era sobre a dor melhorar sozinha rapidamente sem fazer nada… então por que minha dor nao melhorou rapido assim e por que melhorou depois da traçao? paguei o equivalente a 5 mil reais em bloqueios e nada mudou e ainda tive um dificuldade absurda em ter respostas do porque disso. meu fisioterapeuta disse tambem que ele nao causou a cura pois lesao no meu disco existe, mas que o tratamento e meu estilo de vida depois do tratamento serão o meu controle. agradeço a chance de falar e só gostaria de dizer que quem acredita segamente que é detentor de todo o conhecimento, ou tem um ego bem inflado ou sei lá… o respeito deveria ser etico entre as profissoes, pois percebi no meu fisioterapeuta uma angustiante raiva de ouvir tanta critica. melhor para mim que estou sem dores. Claudinho, abraço meu querido
Caro Pedro,
Para a prática responsável da Medicina Baseada em Evidências, devemos poder avaliar vários viéses possivelmente envolvidos nos diversos tratamentos propostos, avaliando suas eficiências e eficácias. Vários são os viéses envolvidos no caso apresentado.
Inicialmente, o controle pode ter ocorrido dentro do tempo de ação farmacológica ainda presente de esteróides e antiinflamatórios injetados, que são remédios de depósito e metabolização longa, dando a falsa impressão de causalidade entre a prática de tração e o alívio, esse é um fato comum. É como o caso do sujeito que tem pneumonia, toma 7 dias de antibiótico, e diz que só melhorou após ir à rezadeira, pois usou 7 dias de antibiótico e não ficou bom. Você não é obrigado a saber farmacologia, mas os profissionais devem considerar tudo isso.
Um outro efeito contaminante de sua percepção, levando a uma dissonância cognitiva de sua parte (ideias que não correspondem a fatos), pode ser o efeito Hawthorne, que é muito comum em terapias repetidas, como a tração e tantas outras: a simples repetição de observação gera empatia e tendência de expressar uma melhora. Diferente de um contato com um médico ou cirurgião, que ocorre uma só vez.
Existe, ainda, a própria história natural de auto regressão dos aspectos patológicos, etc, etc….
pode ter certeza, caro Pedro, que no seu caso estão envolvidos viéses de tratamento.
São muitos os viéses, mas se quisermos avançar com segurança, temos que buscar evidências consolidadas por estudos rigorosos, e não a opinião sobre fatos isolados em situações não controladas.
A fisioterapia, de fato, tem grandes limitações de eficácia no caso em questão, e este método de tração traz potencial de piora, mas por pensarem os fisioterapeutas que ” se bem não fizer, mal também não faz” dá-se liberdade ao invencionismo que vemos por aí.
A Medicina, em geral, e a Cirurgia, em particular, são, ao contrário, de grande eficácia e rigor, mas trazem a necessidade de maior precisão e certeza por seu potencial sabidamente lesivo, o que chamamos de “iatrogênico”. Este é o princípio que torna o nível de exigência de prova de eficácia tão rígido na Medicina e tão frouxo na fisioterapia e em profissões não-médicas e alternativas. São terapias de vale-tudo.
Leve isso em consideração!
Já fiz várias críticas embasadas a esta falsa terapia que é a tração para problemas de coluna. Seguem abaixo os principais argumentos:
1. O método de tração dá a entender que promove uma reconstrução de músculos e articulações da coluna vertebral. ISTO É MENTIRA, POIS SÓ SE CHEGA A ESTE FIM COM UMA CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO! UM MÉTODO SIMPLÓRIO COMO ESTE NÃO TEM ESTE PODER MÁGICO.
2. O método de tração diz que se trata de algo pioneiro. ISTO TAMBÉM É MENTIRA, POIS O USO DE MESAS DE TRAÇÃO E GINÁSTICA EM TRATAMENTOS DE COLUNA JÁ USADO HÁ VÁRIOS SÉCULOS EM PROTOCOLOS COMO OS DE AVICENA E PRAVAZ.
3. O método de tração diz poder tratar hérnias de disco como uma alternativa a uma cirurgia. ISTO É MENTIRA, POIS NAS SITUAÇÕES ONDE EXISTEM REAIS INDICAÇÕES DE CIRURGIAS, COMO NO CASO DE SÍNDROME DA CAUDA EQUINA E NAS MIELOPATIAS CERVICAIS, ESTAS MACAS PODEM ATÉ TRAZER DANOS MEDULARES E DEIXAR PACIENTES ALEIJADOS.
4. O método de tração propõe a realização de 20 ou mais sessões como tratamento das dores nas costas. ISTO É UMA MENTIRA, POIS NESTE LONGO TEMPO OS PACIENTES MELHORARIAM MESMO SEM FAZER QUALQUER TRAÇÃO. JÁ EXISTEM MUITOS TRABALHOS QUE DEMONSTRAM ISSO.
5. O método de tração se diz revolucionário e dá a entender que é superior aos métodos convencionalmente usados na fisioterapia. ISTO É MENTIRA, POIS ELE NÃO TEM NADA DE REVOLUCIONÁRIO NEM É MELHOR QUE OS OUTROS MÉTODOS. PELO CONTRÁRIO, ELE É PIOR QUE A HISTÓRIA NATURAL NAS LOMBALGIAS E CIÁTICAS.
6. O método diz que age através da descompressão de estruturas nervosas. ISTO É MENTIRA, POIS HOJE, SABE-SE QUE A COMPRESSÃO NÃO É O FATOR PRINCIPAL DO PROBLEMA – É PRINCIPALMENTE O FATOR IMUNE E INFLAMATÓRIO – E QUE NÃO HÁ PROVAS DESTA DESCOMPRESSÃO ALEGADA.
7. O método de tração se diz altamente eficaz e seguro. ISTO É MENTIRA, POIS SUA INEFICÁCIA JÁ FOI COMPROVADA EM VÁRIOS TRABALHOS, TANTO NAS CIÁTICAS E NAS LOMBALGIAS E ELE PODE CAUSAR PIORA DOS QAUDROS DE DOR COM A PRODUÇÃO DE DORES NEUROPÁTICAS DE DIFÍCIL TRATAMENTO.
8. O método de tração alega ser um tratamento de doenças degenerativas discais. ISTO É MENTIRA, TALVEZ SUSTENTADA PELO TOTAL DESCONHECIMENTO DA GRANDE COMPLEXIDADE METABÓLICA DOS PRINCÍPIOS MECANOBIOLÓGICOS EXISTENTES NO DISCO. O DISCO DEGENERADO TEM UMA CASCATA BIOQUÍMICA E METABÓLICA DISFUNCIONAL E NÃO SERÁ UM TRAÇÃO QUE VAI NORMALIZAR ISSO. MUITO PELO CONTRÁRIO, A TRAÇÃO ACELERA A NECESSIDADE METABÓLICA E AGRAVA A DEGENERAÇÃO.
Dr Henrique da Mota, MD
Ortopedia e Cirurgia da Coluna
Ola senhores,convivo com problemas de coluna na base lombar a muitos anos e ja passei por alguns tratamentos citados anteriormente pelos senhores inclusive cirurgias e infiltraçoes e sempre tenho recorrentes dores.Ainda nao tentei Musculaçao,Nataçao e Traçao…o que me recomendam por favor.Moro aqui em Santos/SP e passei por medicos como Dr Giulio Galani,Dr Taira e Dr Pedro Nassif,obrigado pela ajuda e se possivel mande pareceres para o meu email…custodio677@hotmail.com,abraços a todos.
Dr. Henrique,
1. O método de Recontrução músculo-articular (QUE ALIÁS NÃO É UM MÉTODO, E SIM UM PROTOCOLO DE TTO), preconiza (ATÉ ONDE PUDE CONHECER, POIS NÃO SOU “ESPECIALISTA” NESTE PROTOCOLO) uma “reconstrução” biomecânica e cinesiológica. Nada ali fala sobre reconstrução tecidual.
2. O conhecimento técnico-científico atual está a anos-luz da época de Avicena e conterrâneos. Enquanto protocolo terapêutico, é algo pioneiro sim.
3. O referido protocolo terapêutico não evidencia-se como alternativa ao tto cirúrgico, antes disso, evidencia-se como uma técncica de “controle” das algias. Ademais, não há registro dos possíveis danos a que o Sr. se refere.
4. Nenhum protocolo de tto fisioterápico promete resultados dentro do limite de um número “x” de sessões (ISSO É COISA DE MÉDICO DESAVISADO QUE ENCAMINHA PACIENTES COM NÚMERO DE SESSÕES PRÉ-FIXADO, SEGUINDO A ÓTICA CONTRATUAL DAS OPERADORAS DE SAÚDE), o controle é feito a partir de reavaliações sucessivas.
5. Não há um método superior a outro, o que impera é o conhecimento, bom senso e experiência do fisioterapeuta em avliar adequadamente e adequar os recursos terapêuticos a cada caso.
6. A atuação do referido protocolo (ATÉ ONDE O CONHEÇO) dá-se através de diferentes formas e a descompressão articular é uma delas.
7. A eficácia e segurança do método estão condicionados a perícia do fisioterapeuta e condições clínicas do paciente, entre outros fatores externos. Isso é imperativo em se falando de qualquer tto de saúde.
8. Não se alega isso, a descrição do protocolo inclusive evidencia que não se promove a cura e sim o controle.
7.
4.
Caro Agnorberto,
Meias verdades são emntiras inteiras.
1. Quando se batiza uma técnica de Reconstrução músculo-articular e se diz que não é bem assim, que não se quis dizer que se fazia uma reconstrução de músculos e articulaçoes é, no mínimo uma forma de iludir pessoas menos avisadas.
2. Dizer que aplicação de qualquer protocolo de tração é algo novo também é uma grande falácia.
3. Nas propagandas e a estratégia de convencimento dos pacientes, propõe-se como uma alternativa à cirurgia, sim. Querer negar isso é mais uma artimanha sorrateira.
4. As proposições de sessões não se faz por qualquer critério clínico, apenas no critério de facilitar a comercialização das macas, cuja eficácia nunca foi comprovada e já foi reprovada em estudos clínicos e encontra-se não recomendado por vários guidelines especializados.
5.Aqui você usa de mais uma falácia: a falácia relativista. Uma coisa funciona com uma pessoa e não funciona com outra, pois depende de suas experiência e várias condições possíveis. Isso impede qualquer tipo de delimitação científica objetiva, deixando que a subjetividade e “achismo” impere como em várias terapis alternativas que fogem das evidências científicas que as condenam.
6. Os mecanismos alegados para a ação “terapêutica dessa técnicas não possui fundamentação real, apenas se apoia em teorias que se apoiam em premissas já abandonadas, com relação à real fisiopatologia das dores e hérnias de disco.
7. Caro Agnorberto, o controle alegado do processo pelo usoda terapia já está descartado por estudos que apresentei em meu blog. O uso de tração acelera o processo degenerativo e é pior que a própria história natural, podendo levar a estouros de hérnias e a lesões nervosas, com geração de dores neuropáticas.
Para finalizar, A TÉCNICA SE APÓIA APENAS NO DESEJO DE VENDER MESAS DE TRAÇÃO ELETRÔNICA E EXPENSÃO COMERCIAL, SEM NENHUM TIPO DE PROVA DE EFICÁCIA.
A VERDADE JÁ MOSTRADA EM DIVERSOS ESTUDOS É QUE SE TRATA DE UMA TÉCNICA INÚTIL E QUE PODE TRAZER PREJUÍZOS AO TRATAMENTO DOS PACIENTES.
Boa tarde,li esses artigos em que se fala de patologias da coluna ,fisioterapia,tração,etc…Tudo tratado por renomados especialistas no assunto!Eu,sou leiga no assunto,mas faço parte de inúmeras pessoas que tem problemas na coluna,que fizeram cirurgia e que apesar disso, desconhecem até sobre sua própria patologia…Eu,apesar de ter uma idéia sobre minha doença,me incluo na lista de pessoas,que sentem necessidade de um esclarecimento maior,até mesmo,para sempre ir em busca de uma melhor qualidade de vida!Tenho 48 anos,e através de uma RM da coluna,descobri ser portadora de mielopatia espondilótica cervical.Isso,foi há pouco mais de 01 ano atrás…Em dezembro de 2010 fui submetida à descompressão medular com artrodese via anterior em 03 níveis: C4-C5; C5-C6 e C6-C7, com implante de placa, cage,enxerto ósseo,08 parafusos de titânio,etc…Nesse pós operatório de 05 meses,já ando normal,apesar de me sentir muito cansada(antes da cirurgia eu mal conseguia andar!),ainda sinto muitas dores,se estou sentada e me levanto,tenho vertigens e sensação de desmaio,e mal consigo subir uma escada,que além de me doer demais as pernas,é como se eu estivesse fazendo um esforço sobre humano,fico pálida e parece que vou perder os sentidos…Gostaria de aproveitar essa oportunidade,para obter um parecer dos Srs. à respeito de meu caso!Estou afastada do trabalho há 07 meses,e trabalho há 06 anos como auxiliar de limpeza…De acordo com uma nova RM que fiz recentemente,está ocorrendo uma sobrecarga às vértebras adjacentes,pois o segmento da coluna em que foi feita a artrodese,foi muito longo,causando dores e algumas restrições nos movimentos!Meu médico sugeriu afastamento definitivo do trabalho,mas o perito do INSS,não acatou esse pedido e só me concedeu mais 01 mês…O que fazer nesse caso? Não me sinto com a mínima condição de retorno ao trabalho! Os Srs. poderiam me esclarecer sobre a real gravidade de minha patologia? Quais os prognósticos que têm,pessoas,que como eu,tem essa patologia?Quanto tempo,demora para ocorrer a fusão das vértebras? Desde já,agradeço a atenção,e aguardo uma resposta,se for possível,grata…..
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