O Montage está voltando. Em estúdio, o grupo pioneiro de electro rock do Nordeste prepara o primeiro EP de inéditas em nove anos. Para aquecer, eles prestam conta com o público e disponibilizam nas plataformas digitais os EPs The Good Boys (2005) e Love Stories (2006) – além do Ao Vivo no Second Life (2007).
No próximo dia 27, data em que as músicas entram nas principais plataformas de streaming, o grupo faz show no Theatro José de Alencar, no Festival Noites Brasileiras 2018. “Demorou, na verdade, porque o Montage lançou muita coisa digital. Nunca tivemos um álbum físico, a gente de certa forma encabeçou essa revolução do disco físico para o digital”, diz o vocalista Daniel Peixoto.
“Quando a banda acabou e eu comecei a trabalhar minha carreira solo, não me importei em colocar essas músicas nas plataformas como iTunes, Deezer etc. Deixei de lado”, destaca. “Acontece que as pessoas pedem demais, o tempo inteiro”.
Nos anos de ouro do Montage, o Trama Virtual e o Fiber Online eram as principais plataformas de streaming no Brasil. Daniel lembra que, entre 2005 e 2012, o duo conquistou diversas vezes a primeira posição do ranking nos sites e figurou no Top 10, permanecendo entre os 100 artistas mais ouvidos.
O EP de inéditas está em processo de produção. “Estamos gravando e temos algumas coisas prontas. Vamos ter esse momento para as pessoas consumirem o que já existia e depois vamos lançar material novo”.
Eleito pela Folha de S.Paulo o melhor show do Brasil por dois anos seguidos, em 2005 e 2006, o Montage nunca deixou os palcos definitivamente, mas agora pretende voltar de vez. Com Daniel, Leco Jucá e Patrick Bachina – formação original – o grupo deve anunciar novos shows para este semestre. Ricardo Lisbôa segue como produtor e mentor.
“O Montage tá vivo. Com os lançamentos, as coisas vão aquecer. Os convites até eram feitos, mas eu relutava por causa do meu material solo. Agora que o Massa (2017) tem um ano no mundo, vou lançar próximo clipe (“Colégio de Aplicação”) nos próximos meses e poder me dedicar a Montage”, promete.
“Não tenho pressa de lançar o disco que fiz com o Gorky. Acho que agora é o momento de olhar pro Montage. Estamos felizes porque estamos gravando juntos, é um momento massa de reencontro. Tá todo mundo num processo criativo bom, com ideias novas. Tem o Marcelo Denis Dead (ex-69% Love), temos muito carinho por ele, que tá produzindo coisas com a gente. Vamos ver o que acontece”.