O Banco do Nordeste vai formar um grupo de trabalhar para retomar o diálogo sobre a continuidade da programação dos centros culturais Banco do Nordeste, os CCBNBs. A decisão foi divulgada em audiência pública nessa quarta-feira, 10, na Assembleia Legislativa do Ceará, com artistas, produtores culturais e membros do movimento #FicaCCBNB.
As reuniões devem começar já na próxima semana, no CCBNB Fortaleza (Rua Conde D´Eu, 560, Centro), entre terça ou quarta-feira.
De acordo com representantes do movimento, parlamentares e representantes de diversas entidades “conseguiram do Banco do Nordeste compromisso de formar um Grupo de Trabalho para dialogar quanto à situação dos Centros Culturais Banco do Nordeste e para dar continuidade à programação desses equipamentos”.
A medida foi definida uma hora antes da audiência pública, em reunião entre o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim, o secretário da Cultura do Estado, Fabiano Piúba e os vereadores, Antonio Henrique, presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, e Guilherme Sampaio, representante da Câmara no grupo de trabalho.
Estiveram presentes na audiência pública os secretários de Cultura Gilvan Paiva, de Fortaleza, e Fabiano Piúba. Já a classe artística foi representada pelos cantores e compositores Calé Alencar e Mona Gadelha. Entidades como a Associação dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (AFBNB) e o Sindicato dos Bancários também mandaram representantes.
As três unidades dos CCBNBs, em Fortaleza, Cariri e Sousa (PB) foram afetadas pelo cancelamento da programação, no fim do último mês. Na última terça, 9, o Blog informou que, após manifestações da classe artística, a programação de julho é retomada em Fortaleza, mas com redução no cronograma original.
Grupo de trabalho
Além de representantes do Banco do Nordeste, quatro representantes de artistas e produtores culturais, reunidos no movimento #ficaCCBNB e no Fórum de Produtores Culturais do Ceará, devem formar o grupo de trabalho. A artística pode definir outros nomes coletivamente. O grupo também pode contar com representantes da Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal.
O grupo de trabalho deve responder, dentre outros pontos, o motivo do corte de recursos e do cancelamento da programação e no que consiste a “reorganização” pretendida pelo banco, além de trabalhar para garantir o orçamento dos três equipamentos e a retomada das atividades de todos os trabalhadores dispensados.
Além disso, o movimento #FicaCCBNB reivindica “a garantia de que os três CCBNBs não fecharão suas portas nem terão sua programação reduzida e a possibilidade de abertura de centros culturais nos outros oito estados da área de atuação do banco”.