Sem florear a situação, Fortaleza e Ceará vivem um drama no setor ofensivo na Série A do Campeonato Brasileiro. Falta qualidade na definição das chances criadas, que até aparecem, mas são desperdiçadas uma após a outra.
Nesta semana, para que o cenário fique ainda mais precário, o Fortaleza anunciou que vai negociar Junior Santos com o Kashiwa Reysol, do Japão. Já o Ceará liberou Ricardo Bueno para o CSA. Nenhum torcedor lamentou as saídas – os atletas nem era titulares mais – o que torna a situação ainda mais grave, tendo em vista que os dois deixam Alvinegro e Tricolor como artilheiros da temporada – 10 gols cada – mantendo boa distância para os segundos colocados.
Entendo, compreendo e concordo com várias críticas que eram feitas aos atletas. Efetivamente não são os ideais para resolução do problema de finalização dos elencos. Assim, o cenário que fica é de ampla pobreza no relevante quesito do tal fazedor de gols.
Do atual elenco do Tricolor (39 gols em 2019), o artilheiro é Edinho, com apenas seis gols em 2019. Depois aparece Ederson, com cinco, mas o atacante se contundiu com gravidade na semifinal do Campeonato Cearense e não deve mais atuar na temporada em função da cirurgia no ligamento cruzado do joelho esquerdo. Depois aparece Marcinho, que marcou quatro tentos (há chance do jogador deixar a equipe caso o Internacional consiga vender seus direitos econômicos), seguido de Wellington Paulista e Osvaldo, com três e Romarinho e André Luis, com dois cada.
No Ceará (50 gols em 2019), do atual elenco, o artilheiro é Chico, com cinco gols. Nem titular ele é no momento. Roger saiu do clube e também tinha cinco tentos anotados. Depois aparece Felipe Baxola (quatro gols), seguido de Thiago Galhardo e Leandro Carvalho, com três. Já Ricardinho, Samuel Xavier e Carleto balançaram as redes duas vezes (Vitor Feijão, Juninho e Matheus Matias também fizeram dois gols, mas já foram embora do Alvinegro)
A situação é, portanto, complicadíssima. Ou aparece alguém nos clubes que de uma hora para outra vire o artilheiro inesperado, ou as diretorias vão precisar contratar atletas que efetivamente tenham potencial para resolver.
Para a permanência na Série A em 2020, Ceará e Fortaleza necessitam de mais do que têm feito até aqui dentro de campo.
Colaborou com os dados, Thiago Minhoca