Por Brenno Rebouças, do O POVO
O Clássico-Rei do dia 3 de agosto, primeiro na Série A do Brasileiro, válido pela 13ª rodada pode ter um formato de distribuição de torcidas diferente do que costuma ser praticado. Proposto pelo Ceará e em estudo pelo Fortaleza, o novo modelo aumentaria em seis mil o número de lugares disponíveis para o público.
A ideia é que a equipe visitante ocupe apenas um lado do estádio, nos anéis superior e inferior, enquanto o mandante fica com todo o resto. Isso evitaria o “buraco” que costuma ser usado no setor superior central, para separar as torcidas, bem como possibilitaria o uso total do setor bossa nova (inferior central).
No Clássico do dia 3, por exemplo, como o Fortaleza é visitante, ficaria apenas como setor superior e inferior sul (atrás da trave que fica à direita das cabines de imprensa). Já o Ceará, mandante, ocuparia os setores superior central e norte, inferior norte, bossa nova, especial e premium. No jogo de volta, pela 32ª rodada, tudo seria o inverso.
Duas questões preocupam o Fortaleza. Primeiro, a quantidade de lugares disponíveis para o visitante, que fica em torno de 15 mil – o mandante ficaria com 35 mil, levando em conta os atuais 50 mil lugares disponíveis no Castelão.
Vale lembrar que o Leão tem aproximadamente 30 mil sócios-torcedores hoje e provavelmente eles teriam prioridade na compra dos bilhetes. Outro fator que deixa a diretoria tricolor em dúvida é o lugar onde os conselheiros assistem aos jogos, que costuma ser no setor premium.
Os presidentes de Vovô e Leão devem bater o martelo sobre esse novo formato até quarta-feira. Novos ajustes podem ser feitos. A ideia, segundo Robinson de Castro, em entrevista à rádio Jovem Pan News, é blindar possíveis investidas do Ministério Público quanto a implantação de torcida única, mas também garantir mais lugares disponíveis nos Clássicos-Rei.