Oi, gente!
O andandor, popularmente também chamado de “andajá”, não é mais recomendado. Aliás, depende do tipo, aquele antigo que a criança fica praticamente sentada é condenado pelos pediatras, ortopedistas e fisioterapeutas.
Para falar desse assunto chamei a psicomotricista e fisioterapeuta, Cristiane Oliveira, mãe da Malu. Sim, aquela que faz massagem shantala e vai dar um curso individual para a grávida vencedora desse sorteio AQUI! Aproveita e vai lá participar!
Vamos ler a explicação da Cris?
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Meu filho pode usar Andador???
Por Cristiane Oliveira
A minha resposta é Não. Não bem grandão!!!
Essa é uma pergunta que frequentemente eu tenho que responder para as mamães dos pequenos na clínica. Mas elas não ficam facilmente convencidas e me falam que o filho do vizinho usa e já anda direitinho, que no andador o bebê fica seguro e elas podem fazer a comida, que eles aprendem a andar mais rápido, que ficam independentes, etc, etc e etc. Pois é, o andador é um costume antigo usado geração após geração e desta forma, difícil de ser esquecido. Porém, várias pesquisas já comprovaram que ele não é adequado.
Então, vamos por partes…
Acompanhar o desenvolvimento da criança é uma das fases mais belas que os pais podem vivenciar, não é? A criança aprende por experimentação e repetição. Então, ela precisa de um espaço seguro para brincar e explorar tudo ao seu redor. O bebê que fica no chão pode explorá-lo com liberdade, levantar, abaixar, engatinhar e assim trabalhar muitos músculos do corpo.
Cada etapa do seu desenvolvimento motor vai sendo conquistada e assim ele se prepara para uma próxima etapa. O desenvolvimento motor é um processo evolutivo crescente.
Quando o bebê está preso ao andador, ele perde a possibilidade dessa exploração tão rica de movimentos que favorecem a coordenação motora, o fortalecimento muscular e as vivências sensoriais. Além disso, no andador, as crianças geralmente permanecem sentadas ou nas pontas dos pés e nenhuma dessas formas de marcha estão corretas.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) não aprova o seu uso, considerando-o um objeto não seguro.
O risco da queda é o principal. O andador não tem freio e o bebê dentro dele não consegue parar até encontrar um obstáculo que pode ser um degrau ou até mesmo uma escada. Neste caso, o risco geralmente é fatal.
No Canadá, desde 2007, o Governo proibiu a venda, propaganda e importação do andador. No Brasil, infelizmente, ainda não há uma legislação que proteja as nossas crianças e apesar do alerta de muitos fisioterapeutas e pediatras, o produto ainda é facilmente encontrado nas lojas.
O andador que pode ser usado é aquele brinquedo que a criança fica em pé atrás e o empurra para frente. Neste, o bebê fica na posição mais correta da marcha e livre para sair a qualquer momento. Vale lembrar que toda criança deve ter a supervisão de um adulto sempre em qualquer situação.
Então mamães, o andador tradicional além de perigoso, não traz nenhuma contribuição para o desenvolvimento do seu bebê.
Drª Cristiane Mattos de Oliveira.
Fisioterapeuta
Psicomotricista
(85) 8678-4568