Fortaleza – Depois dos trotes, a maior incidência de chamadas más no Samu de Fortaleza são as mentiras sobre os casos de socorro. Gente que inventa uma ocorrência mais grave para que a ambulância chegue mais rápido, mesmo não sendo motivo para prioridade. Pelo 192, um caso de facada, mas na verdade é um braço quebrado.
O gerente do Samu de Fortaleza, médico Daniel Lima, disse ao Blog que as prioridades são as urgências cardíacas e os traumas, conforme os protocolos internacionais.
O médico regulador – aquele que fica na base avaliando a natureza das chamadas – não trabalha por despacho, mas por tempo-resposta. Na prática, define o deslocamento pelo nível de gravidade das ocorrências.
Há uma série de perguntas básicas nesta avaliação. Perguntam se o paciente fala, abre os olhos, se está consciente, se há sangramento.
As ambulâncias partem de seis pontos-base pela Capital. Há quatro motos pilotadas por técnicos de enfermagem. As motolâncias vão ao local para fazer dar primeiros socorros e acionar uma ambulância, caso necessário. A Prefeitura tem como meta chegar a oito motos.
O critério de atendimento é falho e desumano. Já pedi certa vez uma ambulância para uma pessoa que desmaiou no calçadão da Av. Beiramar e embora tenha insistido com a telefonista que a vítima estava desacompanhada e precisasse de socorro urgente ela disse que este tipo de ocorrência não atenderia. Fique pasmo com esta atitude.
Já vi caso de gente chamando ambulância como se estivesse chamando um taxi, unicamente para levar ao posto de saúde devido a uma dor de barriga de criança.