Fortaleza – O secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida, tem esperança de ver a aprovação da reforma da previdência ainda este ano. Ele defende a reforma como forma de fazer justiça social. Mansueto veio debater cenários econômicos na tarde desta quarta-feira (6/9) em evento da Acert, a associação que reúne emissoras de rádio e TV no Ceará.
Ele cita um exemplo. Um trabalhador da construção civil em Fortaleza já se aposenta por idade porque não consegue contribuir por 35 anos. Contribui por 15 anos e se aposenta por idade, com 65 anos. Noutros termos, a idade mínima que o Governo pretende aprovar já existe para os mais pobres, que não conseguem passar 30-35 anos na formalidade.
“Sem reforma, apenas o crescimento da previdência vai comer todo o espaço fiscal ganho com o limite do teto de gastos”. Sem reforma, mais carga tributária.
“No mundo apenas cinco ou seis países não têm idade mínima para aposentadoria. No ano passado, o País gastou com previdência pública e privada 13% do PIB. Muito alto. Caso não faça a reforma, vai passar de 20% em 2060”.
Casa da Moeda
Sobre a decisão do Governo de estudar a privatização da Casa da Moeda, Mansueto se mostra um convicto defensor. Ele diz que o problema não é atual, mas futuro.
A principal fonte de recursos era o selo usado para controle da fabricação de bebidas, mas o escândalo no qual havia corrupção entre funcionários da Receita e fornecedora acabou levando o Leão a mudar o sistema e suspender o contrato.
Embora a Casa da Moeda tenha dado lucro no ano passado, Mansueto alerta: o lucro foi de 10% a 15% do que fora há cinco anos. “E a previsão é que tenha déficit este ano”. Ele diz que não precisa ser estatal. Cita o exemplo da Inglaterra. O Brasil, a propósito, já importou reais fabricados por uma empresa da Suíça, aponta.