
Companhia Siderúrgica do Pecém: produção da empresa fez as exportações cearenses subirem 77% entre janeiro e setembro e causarem risco de leitura míope dos números. O aumento é sobretudo por ela (Foto: Evilázio Bezerra-O POVO)
Fortaleza – As exportações dos nove estados do Nordeste cresceram 32,7% nos nove primeiros meses de 2017, ante período idêntico no ano passado. Neste tempo, chegaram a US$ 12 milhões, ou apenas 7,6% do total das exportações brasileiras.
Alagoas foi o que teve maior crescimento no período, com alta de 128,9%, seguido por Piauí (113%) e em terceiro o Ceará (77,2%).
No caso cearense, o bronze vem do ferro e do aço. Explica-se: as placas de aço da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) desequilibram. Lendo apenas o Ceará, vê-se que os produtos semimanufaturados de ferro e aço, castanha de caju, bem como calçados, puxaram a balança do estado.
No Nordeste, o destaque foram os produtos básicos (+ 44,1%). Ou seja, de baixo valor agregado. A soja sobretudo. Os produtos semimanufaturados do Nordeste cresceram 28,8% de janeiro a setembro deste ano.
A China continua sendo o país que mais importa da Região, com 21% do total, seguida pelos Estados Unidos (14,8%) e Argentina (11,7%).
As informações são do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste, com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).