Fortaleza – O submundo das corridas de rua inclui uma série de “dopings”. Quem organiza, como o professor Fernando Elpídio, conhece bem. Ele listou algumas desonestidades cometidas por hordas de maus corredores. Ontem,domingo (5/11), Fernando organizou a Meia Maratona Turística de Fortaleza, com apoio do O POVO e Mucuripe FM. Vejam os 4 “dopings” que ele listou:
FALSOS IDOSOS – Na entrega de kits, 10 inscritos como atletas acima de 60 anos, na verdade queriam apenas ter o benefício do 50% de desconto. Um deles usou o nome da mãe, que nunca correu, para se cadastrar na prova. Falei que entregaria pessoalmente para ela na manhã de ontem. Ele desistiu.
FALSOS CHIPS – Na triagem da dispersão e controle da Forchip, mais de 40 chips de outras provas. O objetivo era simples: ter a medalha ao final da corrida. Essa, exclusiva para atletas oficialmente inscritos.
FALSOS Nº DE PEITO – Sempre fico na linha de frente recebendo os atletas. Só eu contei 20 números de outras provas e outros até xerocados, grosseiramente. Também para ter benefícios ao longo do percurso. Há um controle cirúrgico para não faltar medalha
NOTAS FALSAS – Para comprar as camisas oficiais da 21K Terra da Luz nos dias de entrega de kits. Ao todo, 8 notas de R$ 20,00.
Fernando teoriza: “Enquanto mantivermos os falsos comportamentos, os falsos discursos de cidadãos, de atletas cidadãos, dificilmente sairemos da situação que nos encontramos”.
Ele cita a atitude de uma criança em corrida anterior quando o seu pai queria uma medalha a mais para ele “Mas pai, o Sr. já ganhou uma também…”.
Fernando canta: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças… é a vida, é bonita e é bonita”.