Fortaleza – A nova pesquisa Datafolha mostra que os movimentos organizados contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL) conseguiram apenas emocionar quem deles participou. A pesquisa foi apurada e divulgada nesta segunda-feira (2), portanto já com o evento absorvido.
Segundo a pesquisa, Bolsonaro subiu muito. Quatro pontos, chegando a 32%. E Haddad também, só que no item rejeição. Nove pontos, de 32% para 41%, desde 28 de setembro. No Ibope já são 38%. Levando em consideração as cenas do fim de semana -carreatas a favor do capitão e passeatas contra – Bolsonaro saiu com imenso lucro. Como vítima, provavelmente.
Sim, como prenunciado, a liderança de Bolsonaro não vem sentindo nem cócegas. A passeata do #EleNão foi tal qual desenhada pelo Blog uma semana antes: uma multidão de iguais a entoar cânticos para si. Clique aqui
Converse com quem se emocionou com a passeata. Decerto dirão que aquilo não era um ato partidário, mas político. Mas pergunte a quem apenas olhou da calçada, sem paixão. Era uma clássica manifestação da dita Esquerda cujo alvo era um opositor. Apenas isso.
Ademais, abstraindo o repertório de posições controversas de Bolsonaro e alheando-se das motivações ideológicas e de gênero da multidão, como definir tanta energia investida em uma Negação?
Dissera: “Não conseguem ir além dos piercings e conversar com quem não se convenceu de que Bolsonaro é tão ruim assim mesmo como dizem”. Parece que dito e feito.
O crescimento do deputado sugere ser movido pela migração dos votos do Centro em reação a “ameaça” do petismo. Daquele jeito ora simplório e ora belicoso, ele conseguiu um feito, ante o cansaço e o esgarçamento tucano.
Ajuda muito neste sentimento anti-petista o papel de coadjuvante assumido sem cerimônia por Haddad. Ele não se importa de ir à carceragem da Polícia Federal ouvir seu mentor, hoje um presidiário condenado por corrupção.
Alckmin insiste, Ciro idem. Marina menos. Os rapazes nascidos em Pindamonhangaba buscam, cada um na sua praia, um lugar no 2° Turno. E há uma beleza em não desistir no primeiro tempo.
Mas a esperança maior é de Ciro, ávido pelo voto contra-útil dos hoje eleitores não-convictos de Haddad. Estes podem trocá-lo até domingo para impedir Bolsonaro, já animado com uma vitória em 1° Turno.
Eis uma eleição de Nãos.