Foto: Fábio Lima (O POVO)

A felicidade idealizada no natal com Papai Noel, abraços datados e consumo inconsciente ainda resistirá por muito tempo?
Era uma festa religiosa, mas acabou tão pasteurizada e embalada para presente que parece perder cada vez mais a conexão com a origem. Está faltando verdade.

As novas gerações (salve!) são mais exigentes. Não é qualquer carnaval, não é qualquer litoral e não é qualquer natal que fazem suas cabeças, não.

Dickens diria que eles tampouco engolem qualquer conto, qualquer mensagem ou qualquer campanha publicitária.

A filantropia que distribui presentes ou cestas básicas já não basta. Tempos mais difíceis passaram a cobrar atitudes mais consistentes. Das pessoas, das empresas e dos governos.

Isto explica a difusão do conceito de negócios de impacto social, ante os antigos e bem intencionados beneméritos e suas boas ações. Explica porque políticas públicas valem mais do que obras pontuais.

Explica ainda por qual razão ficou velho mandar cartões (virtuais) prontos no natal, em vez de um bilhete (de verdade) sobre o sentido da data (para quem faz algum sentido).

Nesta medida, os embates familiares Brasil afora nas últimas eleições serviram como régua para os sentimentos verdadeiros. A noite pode ser mais feliz mesmo com a mesa menor, porém, verdadeira.

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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