
Olympikus: marca própria da Vulcabrás é líder em tênis no Brasil e tem fábrica no Ceará (foto: divulgação)
Fortaleza – A romaria de prefeitos à Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), naquele comportamento clássico de bater na porta pedindo uma indústria para o município (tema da Coluna de 1º de março), tem se deparado com um dever de casa.
Os prefeitos ouvem que não é bem assim que funciona. Não, não há indústrias na gaveta. São orientados a preencher o cadastro da Adece com tudo o que possa indicar os potenciais do município. Passam então a integrar o portfólio da Agência.
Claro que a intenção do prefeito era chegar de volta com a notícia de uma fábrica debaixo do braço. Chegam a oferecer terrenos para Adece, que nem aceita porque legalmente tem restrições e ainda ficaria com um abacaxi na mão sem uso definido e sujeito à invasão (quando sabem que área estatal é batata).
Por vezes, melhor do que mendigar uma indústria é atentar para potenciais já existentes. Pode ser no turismo, no comércio, no talento de micro e pequenos empresários locais. Sabendo focar, nem falta dinheiro para apoiar. Os Sebrae e os Senac da vida existem para isto. As câmaras setoriais reúnem entes que têm como dar apoio financeiro, desde que haja projetos.
JOGO RÁPIDO
Um dos limitadores ao desenvolvimento de muitos municípios é a baixa qualidade das gestões. Não raro, o prefeito nomeia aquela turma que o ajudou a vencer a eleição. Dá de ombros para a qualidade do time em nome dos compromissos. Os eleitores pagam a conta dobrada.