São Paulo – Em 1989, Fernando Collor foi ao segundo turno contra Lula. O candidato do PT era bem mais fácil de abater do que Leonel Brizola, mais preparado para enfrentar o “mito” da época. O gaúcho ficou em terceiro, assim como o Ciro Gomes de 2018. Sim, era também o PDT preterido.
Naquele ano, Brizola conseguiu transferir votos tanto no Rio de Janeiro como no Rio Grande Sul. Em 2018, o PDT anunciou “apoio crítico”. Ciro não é Brizola e não vai subir no palanque do ex-prefeito.
Tem suas razões. Sabe como é. Foi ignorado pelo PT quando se colocou com a ideia de encabeçar a chapa, como defendia Jacques Wagner, e acuado quando selaria aliança com o PSB.
O estilo “aquilo roxo” e “caçador de marajás” de Collor lembra muito o capitão de hoje. Até o partidos se equivalem. Ambos de história inexpressiva. Outrora PRN, hoje o PSL de Bolsonaro. Mesmo assim o PT não conseguiu.
Lula ainda antes do banho de loja e de Duda Mendonça, era difícil de engolir. A maioria dos brasileiros não engoliu. Hoje, com histórico de mensalão, petrolão e desfaçatez, o PT sofre para convencer com Haddad. Ele é pesado. As pesquisas mostram. O candidato é difícil de engolir. Não por si, mas por tudo o que representa. Apesar do adversário.