Levantamento realizado pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) mostra que há mais de 7 mil agências atuando no interior do País, fora das capitais. Essas empresas representam 40% do total de mais de 17 mil agências que possuem o registro da atividade publicitária.

“O fato de já termos mais de 7 mil agências no interior do Brasil demonstra que o setor vem acompanhando o movimento crescente de ampliação dos negócios e da atividade econômica nas várias regiões brasileiras”, afirma Gláucio Binder, presidente da Fenapro.

Os dados da Fenapro estão alinhados à pesquisa recente realizada pelo Sebrae, em parceria com o Instituto Data Popular, segundo a qual o consumo fora das capitais e regiões metropolitanas do Brasil – excluídas as capitais e cidades de grande porte como Campinas e Ribeirão Preto, por exemplo – somou R$ 827 bilhões no ano passado, representando cerca de 40% do total no País.

 

“À medida que novos polos econômicos vão surgindo ou se consolidando nas diversas regiões, a atividade publicitária também acompanha o processo de descentralização e se fortalece em todo o País”, acrescenta o presidente da Fenapro.

 

Os estados de São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná lideram em número de agências instaladas no interior. Em outros estados como Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Goiás também há uma expressiva presença do setor (tabela abaixo).

 

O presidente da Fenapro explica que a conjugação da atividade industrial com o agronegócio garante que muitas cidades da região Sul, além de São Paulo, tenham uma economia forte, com reflexo na atividade publicitária. Considerando apenas o interior da região Sul, por exemplo, há mais de 1,7 mil agências em atividade.

 

“Inúmeras agências desses Estados, apoiadas pelo trabalho dos Sinapros e da Fenapro, vivem um momento importante de transformação da atividade, acompanhando a evolução que ocorre em São Paulo e no Rio de Janeiro, e se posicionando para atender, dentro de novos formatos, tanto os anunciantes locais, que estão ganhando dimensão regional e até nacional, quanto os grandes anunciantes do País, que olham cada vez mais para o target local”, observa Binder.

 

O consumo no interior hoje, segundo os dados do Sebrae e Data Popular, já é maior do que o PIB de países como Chile, Dinamarca ou Portugal, mas ainda há muito por avançar em termos de oferta de produtos, atuação de grandes empresas e mesmo das agências. Por isso, as perspectivas para a atuação do setor de comunicação no interior brasileiro também são favoráveis, face à importância do papel das agências para auxiliar as empresas a conhecerem esses consumidores e suas preferências.

 

 

ESTADO Capital Interior TOTAL
Acre 12 0 12
Alagoas 31 2 33
Amapá 26 1 27
Amazonas 83 1 84
Bahia 266 213 479
Ceará 273 28 301
Distrito Federal 382 0 382
Espírito Santo 226 176 402
Goiás 266 157 423
Maranhão 46 8 54
Mato Grosso 84 94 178
Mato Grosso do Sul 147 76 223
Minas Gerais 744 642 1.386
Pará 116 46 162
Paraíba 38 12 50
Paraná 455 455 910
Pernambuco 136 88 224
Piauí 54 3 57
Rio de Janeiro 884 160 1.044
Rio Grande do Norte 67 10 77
Rio Grande do Sul 628 604 1.232
Roraima 64 -33 31
Rondônia 19 0 19
Santa Catarina 253 675 928
São Paulo 4.879 3.664 8.543
Sergipe 56 1 57
Tocantins 64 19 83

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Joelma Leal

Jornalista, formada pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e especialista em Gerência Executiva de Marketing - Cetrede/UFC. Assessora de comunicação do Grupo O POVO. Titular da coluna Layout, publicada às sextas-feiras, no O POVO, e editora-adjunta do Anuário do Ceará, composto pela publicação impressa, site e especiais para TV. Apresentou o programa Faixa Conexão Layout, da TV O POVO.

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