Depois da China e Irã, os jovens hondurenhos estão usando a internet para divulgar notícias sobre o golpe de Estado, que afastou o presidente eleito Manuel Zelaia.
As agência internacionais de notícias estão divulgando que jovens contrários estão fazendo imagens, fotos e vídeos por celulares e postando em sites e no YouTube. Eles estão chamando essa ação de “telegolpe”, em alusão ao gope de Estado a que estão submetidos.
Os jornais e TVs de Honduras, sob censura, só divulgam textos e imagens permitidas pelos golpistas.
A exemplo dos demais países sob regime de força, a internet se mostra incontrolável.
Ao tempo em que se deve saudar a possibilidade de manifestação direta por parte das pessoas, o que se convencionou chamar de “jornalismo cidadão”, isso traz uma questão a resolver pelo “jornalismo tradicional”.
Como nos regimes autoritários e nos golpes de Estado o trabalho dos jornalistas profissionais fica cerceado, não há como se verificar, de modo independente, a veracidade dos relatos e das imagens.
Dos vários vídeos postados, um dos mais vistos é o que dá nome a este post, uma ironia sobre a situação vivida por Honduras.
Veja aqui. [demora um pouco a carregar]
Com a devida licença, Plínio, um adendo: os jornalistas profissionais do lado de cá da América, particularmente nesse país varonil, também estão cerceados, embora vivamos em um estado de direito.
Os donos de jornais (comerciantes da mídia) inibem o trabalho profissional, em defesa de interesses menores que este país.
Veja o caso da imprensa paulistana/fluminense/candanga.
Quero dizer, a liberdade de imprensa não depende apenas de um regime, o capital interfere tanto quanto – senão de maneira mais perniciosa.
Feliz cada novo dia…
Mais um adendo, Plínio:
Ontem o deputado em exercício Lula Morais fez uma denúncia sobre irregularidade no reajuste das mensalidades na Unifor (http://www.lulamorais.com.br/noticia_destaque.php?id=967). Não se trata de qualquer instituição, trata-se da Unifor. E a denúncia é séria.
Acontece, que não vi (olhei por duas vezes o jornal OPOVO de hoje) uma linha sobre o assunto, ainda que fosse um posicionamento do outro lado.
Não mereceria uma abordagem no jornal, ainda que fossem nos “2 minutos”?
Porventura, não há alunos e pais de alunos da Unifor que assinam e/ou leem este periódico?
E estamos em um estado de direito…
Feliz cada novo dia…
Plínio, eu não estou a discordar de você.
Mas não dá para fugir da realidade de que o interesse de empresários da mídia influenciam a redação dos jornais. Não tive a intenção de comparar a situação sinistra em países não democráticos com a liberdade de expressão que temos; mas quis opinar com um acréscimo.
Sobre o caso da Unifor, não estou tirando o valor do que OPOVO tem feito, mas lamentando a ausência de uma nota (ao menos) sobre o fato apresentado por Lula Morais.
Por fim, desvirtuei o tema do post, sinto muito.
Feliz cada novo dia…
Esse seu post me fez lembrar um movimento criado no Paquistão para tentar driblar a censura. Diversas pessoas passaram a publicar informações sobre o País em blogs, mas logo o governo começou a censurar também esse meio, impedindo o acesso. Como forma de protesto, foi criado o movimento Don’t Block The Blog. Segue o link: http://dbtb.org/ Abraço!
Caro jornalista, tocando em frente, como você sugere, busquemos então a luz. O Leonardo de fato levanta uma questão que me parece muito relevante e que você, na condição de represnetante institucional do jornal O POVO, ajudaria muito nos trouxesse à luz esses episódios, como a denúncia formulada pelo deputado Lula Morais. Por que será mesmo que o jornal não trouxe esse assunto à luz? Que o Diário do Nordeste não o faço, poder-se-ia compreender, mas somente o fará se for pra defender a instituição irmã e se o tema for mesmo a público, ou surgir sob luzes. Não é mais seu papel “cobrar” da redação como deve fazer um ombudsman, mas quem já cumpriu esse papel e ainda continua no jornal, com funções de e destaque, pode “cobrar” até mais.
Agora, ali em cima você disse que “a relação em uma Redação é muito mais complexa do que imaginam alguns”. Como diz o poeta cantor: “Luz, quero luz!!”. Mata a nossa curiosidade, vai. Conta só um pouco desse segredo pra que alguns de nós não fiquemos imaginado coisas. Conta, conta.
Olá Plínio, sempre que posso vejo as suas postagens. O tema que o Leonardo aborda merecia uma postagem para discussão (que não fosse essa. Outro fato interessante foi a confirmação da ossada do Bergson Gurjão.
Um abraço
Ivina Carla
O curioso é o deputado “Lula Moraes” ir pra cima da UNIFOR com tanta “VALENTIA”. É bom mesmo ele arrumar o que fazer já que, com a PeTrobras, e com a “ANEEL” ele arrumou foi uma “BANANA”. Que vergonha, para os deputados e para o povo cearense…