Segundo o Portal Imprensa, a Associação Brasileira dos Ateus e Agnósticos (Atea) entrou com processo contra a Band e o apresentador José Luiz Datena por preconceito. As ações foram enviadas ao Fórum de Taubaté (SP) e ao Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), após comentários feitos pelo apresentador Datena no programa “Brasil Urgente”, do dia 27 de julho.

Segundo o jornal Agora São Paulo, durante a exibição de uma reportagem sobre um crime, o apresentador teria dito que o ato demonstrava “falta de Deus no coração”. No site da Atea, os comentários de Datena foram classificados como rotineiros, “associando explicitamente os tipos mais vis de criminalidade ao ateísmo”.

A organização também teria instruído seus integrantes a enviarem reclamações a outros programas jornalísticos, e, ainda, usar o Twitter para fazer uma espécie de campanha contra Datena, escrevendo mensagens com a Tag #CalaBocaDatena.

Sobre as reclamações, Datena informou que não tem nada contra “pessoas que não acreditam em Deus” e que estariam levando suas palavras ao pé da letra: “Estão me pegando pela palavra. Logo agora que estou mais calmo”.

Comentário

De fato, chega a ser ridícula a ação contra Datena. Mas, o pior não é isso. O duro é ver os que se dizem ateus entrando em uma “guerra religiosa”. O que eu admiro, ou admirava, nos ateus era justamente a mansidão na sua falta de fé.

O próprio fato de os ateus se reunirem em uma Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) já me parece um contrasenso. Daqui a pouco eles viram uma “religião” ou uma seita, sei lá. E, depois, quem sabe no que vai dar.

Afinal, em toda a história da humanidade nunca se ouviu que os ateus começassem uma guerra para impor sua falta de fé. O que não acontece com uma grande parte das religiões. Várias delas têm em seu currículo a odiosa mancha da “guerra religiosa”, que nada mais nada menos é a gana de impor sua fé pela ponta da espada.

Será que esses ateus da Atea vão querer iniciar a sua guerra religiosa particular. Será esse mais um sinal do fim dos tempos?