Coluna Política, que redigi para a edição de 28/6/2013, do O POVO.
A lição que vem das ruas
Apesar da heterogeneidade dos participantes e da diversidade das reivindicações, olhando-se o conjunto das manifestações que eclodem pelo Brasil, observa-se certa unidade não programada entre seus participantes, indicativa de uma espécie de “espírito do tempo”, que aglutina os manifestantes.
Uma das irritações dos manifestantes dirigem-se ao funcionamento das instituições, aí incluídos Executivo, Legislativo e Judiciário (e aos partidos), que andam devagar, têm queda pelos mais ricos e indiferença (no mínimo) para com os problemas dos mais pobres.
As ruas, portanto, estão mostrando aos políticos – parlamentares e governantes – que eles nada mais são do que funcionários públicos, que foram eleitos para servir e não para se servirem, e o que se espera deles é que trabalhem, como estão fazendo agora, constrangidos pelo aguilhão dos manifestantes.