Eduardo Campos morreu há quatro anos

(Foto: Reprodução/Facebook)

Há quatro anos morria o ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB). A queda do avião Cessna 560XL vitimou outras seis pessoas, sendo quatro assessores: Alexandre Severo, fotógrafo oficial da campanha, Marcelo Lyra, cinegrafista, Pedro Valadares, ex-deputado e assessor do candidato e Carlos Percol, assessor de imprensa. Além dos quatro, faleceram também piloto e copiloto do veículo.

“No dia em que são passados nove anos do falecimento de Miguel Arraes, o Partido Socialista Brasileiro cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento, nesta data, vítima de acidente aéreo, do seu presidente, ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, nosso candidato à Presidência da República”, informava nota assinada pelo vice-presidente da sigla, Roberto Amaral, veiculada no Facebook de Campos. Arraes, avô de Campos, morreu em 2005, em decorrência de insuficiência renal.

Pesquisa Ibope divulgada seis dias antes da morte do pernambucano, em 7,08/2014, o colocava em terceiro na corrida presidencial, atrás de Aécio Neves (PSDB) e Dilma (PT) Rousseff, com 9% – o levantamento anterior mostrava o pernambucano com 8%. O tucano somava 23% das intenções – com um ponto de crescimento em relação à pesquisa anterior – e a petista totalizava 38%.

Marina Silva

A campanha de Marina Silva, que compunha a chapa como vice e veio a sucedê-lo como candidata, ganhou fôlego após a morte do companheiro, conforme avaliação ao portal BBC Brasil em 5/10/2014 de Antônio Carlos Mazzeo, cientista político da Unesp. Entretanto, o PSDB avançou ao segundo turno.

Homenagens

Nesta segunda-feira, Marina Silva, hoje candidata pela Rede Sustentabilidade, homenageou o ex-companheiro no Twitter. “Hoje é um dia de tristeza e saudade, pelos 4 anos da morte trágica de Eduardo Campos, seus assessores e a tripulação. Que Deus continue sustentando a família e os amigos de todos que perderam precocemente a vida naquele trágico acidente. Os bons ideais de Eduardo continuam vivos!”.

Em matéria publicada em seu site, o atual presidente da sigla socialista, Carlos Siqueira, referiu-se a Arraes e Campos como duas lideranças de legado “inspirador”. “Nos encoraja a enfrentar a luta diária contra os retrocessos, a perda de direitos, o conservadorismo”, completou.

Inquérito sobre queda do avião

A Polícia Federal inseriu na última terça-feira, 7, colisão com pássaros como hipótese para o acidente. Em nota oficial, conforme a Agência Estado, a PF concluiu que os motivos para o acidente, além da colisão com pássaros, seriam: “a desorientação espacial por parte dos pilotos; a possibilidade de disparo de compensador de profundor; ou uma pane/travamento de profundor em posições extremas”, diz o informe.

A instituição diz ainda que as conclusões apresentadas pelo inquérito não dão quaisquer sinais de infração a legislação penal. Deste modo, a Polícia Federal “recomendou ao Ministério Público o arquivamento do inquérito policial”.

Histórico

Campos foi eleito deputado estadual em 1991. Em 1994, elegeu-se deputado federal. Pediu licença do cargo para integrar governo de Arraes como secretário de Governo e da Fazenda, o que se deu entre 1995 e 1998. Antes de eleger-se governador de Pernambuco, em 2006, ele ainda assumiu pasta da Ciência e Tecnologia no governo Lula, em 2004.

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Carlos Holanda

Repórter de Política do O POVO

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