O clima foi de tensão durante a primeira sessão da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) após as eleições municipais e a homologação nas urnas de José Sarto (PDT) como novo prefeito, a partir de 1º de janeiro de 2021. Em momento de fala, o vereador Márcio Martins (Pros) usou a tribuna para questionar o resultado do pleito, o qual ele considerou ser vítima de “estelionato eleitoral”. O parlamentar criticou a publicação das pesquisas de intenção de voto Ibope e Datafolha e pediu mobilização do Congresso Nacional para tratar sobre o assunto. 

“Nenhuma no Brasil desfavoreceu uma candidatura de esquerda ou centro esquerda. Isso precisa ser revisto. Precisa-se tomar uma postura séria com essa prática que não é equivocada. Isso é premeditado, isso é criminoso”, disse o vereador da oposição. 

Incomodados com a fala, parlamentares do bloco governista saíram em defesa da legalidade das pesquisas e do consequente resultado das eleições na Capital, dentre eles, Frota Cavalcante (PSD), Didi Mangueira (PDT), Iraguassu Filho (PDT), Adail Júnior (PDT) e Ésio Feitosa (PSB). 

“O eleitor diz ao instituto que se a eleição fosse naquele momento votaria em x candidato, mas faltando 24h ele muda ou não vai voltar”, defendeu Mangueira. “Quando a pesquisa é favorável ao lado de lá fica todo mundo alegre, fica todo mudo satisfeito. Entenda que a pesquisa é um momento e quem definiu foi o povo”, disse Cavalcante. Iraguassu pediu aos opositores “respeito pelo vencedor” e busca pela união.

 

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Filipe Pereira

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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