Assis Arruda
[Arruda, Assis. Genealogia sobralense: Os Ferreira da Ponte – 1679-1997 – Volume IV, Tomo I. Fortaleza,Ce.: IOPMS, 1997, p. 11.]
Há alguns dias, ao chegar em casa, Naza falou que um parente meu tinha telefonado para pedir algumas informações sobre a nossa família e uma fotografia para um livro que está escrevendo sobre a genealogia dos Arruda. Antes mesmo que Naza dissesse o nome do interlocutor eu já sabia de quem se tratava, interpelando-a sem medo de errar: “A pessoa que telefonou foi o Assis Arruda?” A resposta foi afirmativa.
Na manhã seguinte, telefonei para o numero que Naza havia anotado. O Assis não se encontrava, mas fui amavelmente atendido por Da. Silvéria, sua esposa. Identifiquei-me e disse que gostaria de falar com o Assis. No dia seguinte, tornei a ligar e, desta vez, o encontrei. Combinei de ir naquela mesma noite ao seu apartamento para uma visita.
Às vinte horas cheguei ao seu apartamento, sendo recebido com muita gentileza por Assis e Da. Silvéria. Sentamos-nos à varanda e, durante duas horas, conversamos animadamente.
Assis Arruda, cujo nome completo é Francisco de Assis Vasconcelos Arruda, nasceu em Sobral a 18 de novembro de 1948. Formou-se engenheiro
Apesar das muitas atividades que desempenha, Assis ainda encontra tempo para se dedicar à difícil seara dos estudos genealógicos, o que tem feito desde 1970, com vários livros publicados sobre as famílias da Ribeira do Acaraú. Os prazeres e percalços proporcionados por tais estudos foi o tema principal da nossa conversa.
Logo que me sentei, Assis me mostrou um grosso volume encadernado. Ao tomá-lo em minhas mãos, vi que se tratava de um dos tomos da nova edição que está em andamento sobre a genealogia dos Arruda. Ao folheá-lo, pude constatar a forma curiosa como o Assis trabalha seus livros. Depois de digitar os dados no computador, as páginas são impressas e encadernadas em capa dura. A partir daí, ele vai colando novas páginas sobre as antigas à medida que novos dados vão sendo coletados.
Fiquei impressionado com a quantidade de dados armazenados por Assis. No seu lugar, eu não conseguiria dar conta de tanto material. A parafernália de documentos acumulados é enorme, e só mesmo um senso de organização muito rigoroso para conseguir manter tudo em ordem de forma a estar disponível quando necessário. Se eu já admirava os genealogistas, depois da visita ao Assis decuplicou essa admiração. Inclusive porque, no seu caso, todo o trabalho é feito a suas próprias expensas, tendo que arcar com todo o ônus financeiro das pesquisas.
A pesquisa genealógica exige fôlego, posto ser um trabalho sempre em andamento, nunca sendo totalmente concluído, como afirma o Pe. F. Sadoc de Araújo: “Não há livro de genealogia que seja perfeito e completo, pois aborda matéria inesgotável e sempre sujeita a novos enriquecimentos. Restam sempre vazios a preencher com os resultados de pesquisas posteriores. Neste assunto, quem desejar obra acabada, nunca conseguirá fazê-lo. Estudo genealógico é trabalho de muitas gerações” (Apresentação ao livro: “Arruda, Assis. Genealogia sobralense: Os Gomes Parente – 1742-1999 – Volume II, Tomo IV. Sobral, Ce.: Imprensa Oficial do Município de Sobral, 200, p. 794.)