No dia em que eu enfim morrer / Queria fazer igual ao Noel Rosa / Que os meus amigos festejem /Com uma cervejinha saborosa / Mas nada de choro ou de vela / Pintem minha vida em aquarela / E a cantem num verso e prosa.

Dylvardo Costa Lima

Dia desses tive oportunidade de trocar dois dedos de prosa com um amigo sobre um livro que li há muitos, muitos anos, e do qual já nem lembrava. Refiro-me ao livro de Erich Von Däniken, Eram os deuses astronautas? O amigo com quem eu proseava dizia que, nesse livro, “o autor investiga um mistério que fascina a humanidade há milênios: quem, ou o que, eram os deuses descritos em histórias antigas? Von Däniken pesquisou e analisou exaustivamente as grandes religiões do mundo, seus mitos e estruturas de crenças, em um esforço para encontrar uma resposta para essa questão. Sua conclusão extraordinária? Os deuses não eram seres metafísicos nascidos da imaginação hiperativa da humanidade, mas sim extraterrestres que deixaram vestígios de sua presença em toda a Terra.”

Um pouco depois, a prosa já resvalava para outro assunto, mantendo-se, entretanto, numa área de interesse comum a nós dois, a arte. Desta feita proseávamos sobre cinema. Eu disse que faroeste é um gênero que nunca me atraiu, mas há um filme de que gosto tanto, que já não sei dizer quantas vezes o vi. Quando mencionei o título, Era uma vez no Oeste, do genial Sérgio Leone, meu interlocutor foi logo perguntando se eu já havia assistido outra película do mesmo diretor, cujo título, inclusive, guarda semelhança com aquele referido por mim, Era uma vez na América. Como eu respondesse negativamente, fez uma breve síntese, informando que “O filme conta a história de um grupo de amigos de ascendência judaica que crescem juntos cometendo pequenos crimes nas ruas do Lower East Side, em Nova Iorque. Aos poucos, estes crimes vão assumindo maiores proporções e os amigos se tornam respeitáveis mafiosos. O entrelaçamento de companheirismo, ambição e traição leva a uma reviravolta na história, e, 35 anos depois, o único sobrevivente do grupo volta ao bairro para descobrir o que realmente aconteceu”. Meu amigo concluiu o comentário sobre o filme com um entusiástico “imperdível”.

Desde então, temos nos encontrado com certa frequência para outros momentos de prosa, em que tenho tido a oportunidade de descobrir no meu amigo talentos que eu, até então, desconhecia, como, por exemplo, o cordel. Ele verte temas diversos para a rima cordelista com uma facilidade impressionante. Dia 13 de dezembro, por exemplo, aniversário do nosso imortal Luiz Gonzaga, ele o homenageou com estes versos: “Vida longa ao Luiz Gonzaga / Mais conhecido por Gonzagão / Maior artista popular brasileiro / Que se tornou o Rei do Baião / Cantou as mazelas do agreste / Colocou no mapa, o Nordeste / Fez Asa Branca, hino do sertão.”  E ainda esses dias, ao comentar o início das chuvas em Fortaleza, ele não perdeu tempo e foi logo saindo com esta: “Está chovendo na capital / No começo do ano novo / Para encher o Castanhão / E dar água pra esse povo / Enquanto isso no interior / Ainda está o infernal calor / E o sertão pegando fogo.”

E assim, a prosa segue solta, abordando, além destes assuntos, coisas tão diferentes como política, Covid-19 (sobre esse assunto ele está sempre muito atualizado) e as peregrinações ao Caminho de Santigo. Mas para prosear com este amigo, o médico Dylvardo Costa Lima – conhecido por Dr. Dyl, na intimidade -, eu não preciso arredar o pé de casa. E nem você, que está lendo este texto. Em tempos de pandemia, isso facilita as coisas. Se quiser prosear sobre estes assuntos, e outros mais aqui não mencionados, basta acessar o Cantim do Dr. Dyl. Lá você encontrará o que o autor intitula Meus cantim, que são os seguintes: Cantim da Pneumo, Cantim do Covid, Cantim das Artes, Cantim do Cordel, Cantim da Fotografia, Cantim do Caminho, Cantim da Política, Cantim dos Pensadores, Cantim dos amigos, Cantim dos Esportes, Cantim do Sabor, Cantim do Mundo. Em cada um desses “Cantim” você poderá trocar alguns dedos de prosa com o Dr. Dyl, que, para quem não conhece, apresenta a si mesmo nos seguintes termos:

“Médico Pneumologista, defensor do SUS, e atualmente acompanhando atentamente os desdobramentos dessa pandemia pelo Covid-19. Também sou colaborador do Jornal do Médico, escrevendo duas vezes por semana sobre a Covid. Amante das artes e especialmente da literatura, da fotografia, do cinema, da boa música e do cordel nordestino.”  

Há outras informações curriculares, mas essas vou deixar ao leitor que descubra proseando com o próprio Dr. Dyl, o que poderá ser feito acessando o seguinte link: https://dylvardofilho.wixsite.com/cantim

 

About the Author

Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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