Esta prática de devoção à Santíssima Virgem é um caminho perfeito para ir e unir-se a Jesus Cristo, pois Maria é a mais perfeita e mais santa das criaturas, e Jesus Cristo, que veio perfeitamente a nós, não tomou outro caminho em sua grande e admirável viagem.

[Montfort, S. Luís Maria Grignion de. Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem. 41ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012, p. 153.]

Creio que Maria não é apenas uma devoção, ela é A devoção. O itinerário para Cristo não é um caminho fácil, muito pelo contrário. Para quem assume em toda sua radicalidade a busca do Mestre, os percalços são muitos. A tentação a desistir assoma a cada passo. Mas prosseguir é preciso, caso se esteja imbuído do propósito de chegar ao termo.

É como fator determinante na manutenção do propósito de prosseguir sempre que a devoção a Nossa Senhora faz a grande diferença. Hoje não tenho dúvida de que essa confiança é fundamental para que não se desista. Eu não conseguiria dizer exatamente por que, mas sei que assim é, de fato.

Parece que a simples devoção a Maria, a insistência em orar a ela e pedir-lhe que não nos deixe desistir de nosso propósito é, por si só, um fator capaz de sustentar a busca. A quem duvidar, sugiro que faça a experiência. Não precisa se preocupar caso a fé seja fraca e vacilante. Não tem problema. É exatamente aos mais fracos e vacilantes que Maria sustenta nos momentos mais difíceis.

Apenas se faz necessário insistir, orar a ela, pedir sua proteção. O esforço exigido é apenas esse. Não precisamos nos preocupar se vai dar certo ou não, se atingiremos nosso propósito ou não. Deixemos isso com ela, deleguemos a ela essa responsabilidade. Apenas não desistamos, que o resto ela fará.

De uma coisa tenho certeza: a um devoto seu Maria jamais abandonará. Apenas se permita a experiência, e o resto virá a seu tempo.

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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