De María se aprende ante todo la confianza em la búsqueda de la verdade, la certeza de que existe um significado em la vida, que hemos de captar, si bien esto no sucederá nunca de forma exhaustiva em nuestra experiencia terrenal, ya que la vida es siempre y em cualquier caso limitada.

Aurelio Romero

[Romero, Aurelio (ed.). María y la búsqueda de la verdade. 1ª edición. Madrid: Editorial ciudad Nueva, 2018, p. 8.]

 

Há mais ou menos um mês vi este livro na gôndola da livraria Paulus onde ficam expostos os livros importados. O título, altamente provocante para quem, como eu, tomou Maria como conselheira e via de acesso ao Redentor, foi suficiente para que me fizesse me demorar um bom tempo a folheá-lo. Alguns trechos, a começar pelo parágrafo acima citado, fizeram aumentar em mim o interesse pela publicação. Com pesar, devolvi-o à prateleira. Acontece que o livro não me saiu mais do pensamento. Acabei retornando à livraria, temendo que outro cliente já o tivesse adquirido. Para minha sorte, ainda se encontrava lá, no mesmo local em que o deixara há dias. Dessa vez não vacilei, tratando logo de adquiri-lo.

O livro consta de doze artigos de diversos autores, originalmente publicados na revista Nuova Humanità, além da Apresentação, de autoria do editor da publicação, Aurelio Romero. Os textos são os seguintes: María en el evangelio de Lucas (Gérard Rossé); María, testigo de Dios ayer y hoy (Florence Gillet); El Dios de María (Brendan Leahy); María, solo Palabra de Dios (Alba Sgariglia); El mistério de la Trinidad y María en la Iglesia católica en el umbral del tercer milenio (Piero Coda); María e el camino de la razón (Giuseppe María Zanghi); “Philosophari in Maria” (Mauro Mantovani); La libertad, la creación y María (Pasquale Foresi); “Viajar” por el Paraíso (Piero Coda); Mirar todas las flores (Chiara Lubich); María, flor de la humanidad (Chiara Lubich); Acerca de mirar todas las flores. La filosofia “mariana” como gratitud que viene “de la tierra” (Mauro Mantovani).

Apenas iniciei a leitura, mas já ficou bem claro que se trata de um desses livros que mexem, que provocam questões inquietantes e que incitam a avançar para águas mais profundas na incessante busca da verdade. Já no texto de apresentação, Maria aparece como o paradigma humano de quem se indaga a respeito do real, acolhendo-o como mistério e se entregando a ele sem meias medidas. E somente aceitando o mistério e mergulhando fundo em tudo o que ele tem de obscuro – mas também de luminoso – se logrará, talvez, experimentá-lo como verdade. É dessa experiência de busca da verdade, tendo Maria simultaneamente como medianeira e paradigma, que trata essa instigante publicação.

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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