Flamengo vence o Ceará por 10 a 0 nas quartas de final da Supercopa Feminina. (Foto: Paula Reis/Flamengo)
O que levou o time feminino do Ceará a sofrer tantos gols nas quartas de final da Supercopa Feminina?
Bom, não é surpresa para ninguém que o futebol feminino é totalmente desvalorizado no Brasil e no mundo. É certo que, de uns tempos para cá, o cenário vem melhorando. Mas, a passos bem curtos, concordemos.
A prova disso é que, a queda da equipe masculina do Ceará para a série B do Campeonato Brasileiro, atingiu diretamente as Meninas do Vozão. Mesmo a equipe feminina conseguindo vários feitos ao longo da temporada de 2022, surgiu a possibilidade de acabar com a modalidade no Clube.
Entre as glórias de 2022, as Alvinegras conquistaram o título nacional do Brasileirão Feminino A2 e o acesso para a Série A1 do Campeonato Brasileiro. Além de ser o único representante cearense na Supercopa Feminina.
Em janeiro de 2023, o desmonte no time feminino foi feito. O técnico Erivelton Viana, que comandou o acesso à Série A1, o título de campeão brasileiro A2 e outras conquistas no Campeonato Cearense teve sua saída anunciada.
Além dele, praticamente todo o elenco de 2022 não permaneceu na equipe. Atualmente, o elenco das Meninas do Vozão é formado, em sua maioria, por jogadoras formadas nas categorias de base do Alvinegro.
Em 24 de janeiro o novo técnico, Felipe Soares, foi anunciado nas redes sociais. No dia 5 de fevereiro foi a partida contra o Flamengo pela Supercopa Feminina. Menos de 15 dias para treinar uma equipe totalmente nova e inexperiente.
Em contrapartida, a equipe do Flamengo nesta temporada, além de manter as principais jogadoras do elenco, realizou mais seis contratações, fortalecendo ainda mais o time.
Bom, as meninas do Flamengo não tiveram dó da equipe feminina do Ceará. Marcaram dez gols. Sem nenhuma cerimônia. E de quem é a culpa? Fica o questionamento.
