Eduardo Gaievski, ex-assessor da Casa Civil do governo federal e ex-prefeito de Realeza – no sudoeste do Paraná, foi condenado a 18 anos e um mês de prisão por apenas um dos 17 processos movidos contra ele. A condenação é pelos crimes de estupro de vulnerável, estupro presumido e estupro qualificado.

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A sentença foi expedida pela juíza Janaina Monique Zanellato Albino, da Comarca de Realeza, e foi proferida na tarde dessa segunda-feira (15/09). No total, Gaievski responde a 17 processos, dos quais apenas o primeiro já foi julgado. Pela denúncia do Ministério Público, as condenações, se somadas, podem chegar até aos 250 ou 300 anos de prisão.

Preso desde agosto de 2013, na Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão (PFB), Gaievski ainda deve ir a julgamento pelos outros crimes aos quais é acusado e denunciado por jovens e adolescentes que teriam sido abusadas sexualmente por ele. O advogado Natalício Farias, que representa oito vítimas, informou que agora Gaievski deixa de ser réu primário e as penas podem ser agravadas, com o ex-prefeito pegando até 300 anos de prisão.

O ex-prefeito de Realeza é suspeito em 38 casos de estupro e coação de menores, favorecimento à prostituição e uso de cargo público para obter benefícios pessoais. Todos os casos teriam ocorrido enquanto ainda era chefe do executivo do município, por dois mandatos, entre 2005 e 2012.

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O representante das vítimas conta que a estratégia de defesa de Gaievski vinha sendo a de protelar o processo. “Eles estavam tentando atrasar a condenação, mas agora ele já passa a cumprir a pena”, diz.

Ainda de acordo com o advogado Natalício Farias, a condenação é referente a apenas um dos processos aos quais Gaievski responde. “Nós vamos entrar com o pedido de indenização para a vítima e vamos continuar com todos os processos até a condenação de todos os crimes”, comentou Farias.

A defesa de Gaievski não participou do julgamento. O advogado Samir Mattar Assad, que representa o ex-assessor, considera que a decisão não tem base legal. “Tem uma liminar que suspendeu a condenação. É uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que já foi comunicada e a gente está aguardando. A sentença é nula e não será referendada”, afirmou. Mesmo considerando a sentença nula, a defesa afirmou que vai recorrer da decisão da juíza.

Fonte: Portal Criança 

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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