Chegou a sexta-feira e com ela uma série de opções de companhia para o fim de semana em casa. Mais uma vez, selecionamos oito filmes diversos dentro do catálogo da Netflix. Dessa vez, elencamos do melhor para o pior.

"Era uma vez em Nova York" (The Immigrant)

“Era uma vez em Nova York” (The Immigrant)

1 – Era uma Vez em Nova York (The Immigrant, EUA, 2013), de James Gray. Drama. 14 anos. 120 minutos. Com Marion Cotillard, Joaquin Phoenix e Jeremy Renner.
Para mim, o melhor filme de 2013. E um dos melhores da década. Drama autêntico, forte, com dilemas reais e atuações espetaculares. A trama segue os percalços de uma inocente imigrante que tenta fugir da vida burlesca para reencontrar a irmã. Entre ela, um mágico de moral duvidosa e um cafetão apaixonado. Cotação: nota 8/8.

"Caminhos Perigosos" (Mean Streets)

“Caminhos Perigosos” (Mean Streets)

2 – Caminhos Perigosos (Mean Streets, EUA, 1973), de Martin Scorsese. Crime/Drama. 16 anos. 112 minutos. Com Harvey Keitel e Robert De Niro.
Acima de tudo, é um filme de máfia sobre imagem. Charlie, Johnny Boy, Tony e Michael. Quatro figuras próximas cujo destino há de contrapor. É sobre escolhas erradas, companhias erradas e desastres iminentes. E ainda é o primeiro clássico de Martin Scorsese, onde ele mostra a visão única de um dos grandes do século XX. Destaque para a câmera subjetiva de Charlie bêbado durante uma festa. Cotação: nota 7/8.

"The Rover - A Caçada"

“The Rover – A Caçada”

3 – The Rover – A Caçada (The Rover, EUA/AUS, 2014), de David Michôd. Crime/Drama. 18 anos. 103 minutos. Com Guy Pearce e Robert Pattinson.
É sempre bom ver um bom road movie australiano. Na melhor tradição da new wave australiana, o filme contrapõe perseguições, tiroteios e seus protagonistas monossílabos. Guy Pearce comanda a ação com um personagem de sofrimento quase indefinido. A obra mostra a peregrinação de um homem que quer reaver sua única posse, um carro, em meio a um apocalipse econômico global. Cotação: nota 7/8.

"Caçadores de Emoção" (Point Break)

“Caçadores de Emoção” (Point Break)

4 – Caçadores de Emoção (Point Break, EUA, 1991), de Kathryn Bigelow. Ação. 12 anos. 121 minutos. Com Keanu Reeves e Patrick Swayze.
Hoje, é fácil ler o nome Kathryn Bigelow e dizer que o filmão com cara de “Sessão da Tarde” é ótimo. Mas evitem o remake. “Caçadores de Emoção” continua com a mesma força das tardes em casa. A ação envelheceu mal, com suas coreografias démodé, mas a trama ainda é eletrizante. É o melhor de “Velozes e Furiosos” (2001), sem os excessos de apelação com carros e mulheres. Cotação: nota 6/8.

"600 millas"

“600 millas”

5 – 600 millas (EUA/MEX, 2015), de Gabriel Ripstein. Drama/Ação. 18 anos. 85 minutos. Com Tim Roth.
Road movie sobre a fronteira EUA/México, “600 millas” é um filme de ação desconstruído. Longe de maniqueísmos, o filme mostra algo como companheirismo entre um traficante de armas iniciante e seu refém, um experiente agente contra o tráfico de armas. Lento e claustrofóbico, o longa usa bem as suas repentinas cenas de ação e mostra a zona cinzenta entre o caráter e a sobrevivência. Cotação: nota 5/8.

"Tão Forte e Tão Perto" (Extremely Loud & Incredibly Close)

“Tão Forte e Tão Perto” (Extremely Loud & Incredibly Close)

6 – Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud & Incredibly Close, EUA, 2011), de Stephen Daldry. Drama. 10 anos. 129 minutos. Com Tom Hanks, Thomas Horn e Sandra Bullock.
Por mais açucarada que a versão cinematográfica da obra-prima de Jonathan Safran Foer seja, a potência de seus personagens está toda ali. E as atuações de Thomas Horn e Max von Sydow fazem valer o tempo. O filme conta a história de um excêntrico garoto de 9 anos que parte em uma busca pelo dono de uma misteriosa chave deixada por seu pai, morto no atentado de 11 de setembro de 2001. Cotação: nota 5/8.

"Dois Caras Legais" (The Nice Guys)

“Dois Caras Legais” (The Nice Guys)

7 – Dois Caras Legais (The Nice Guys, EUA, 2016), de Shane Black. Ação/Crime. 18 anos. 116 minutos. Com Ryan Gosling e Russell Crowe.
Resumidamente, “Dois Caras Legais” é um filme de quases. Quase hilário. Quase inteligente. Quase memorável. Em suma, uma obra bastante irregular. A química de Crowe e Gosling, no entanto, é boa e, de fato, existem cenas que beiram o brilhantismo. Mas, no fim das contas, parece um “Vício Inerente” mais covarde. O filme acompanha dois investigadores em um crime bastante mal explicado. Cotação: nota 4/8.

"Lucy"

“Lucy”

8 – Lucy (EUA, 2014), de Luc Besson. Ficção Científica. 16 anos. 89 minutos. Com Scarlett Johansson e Morgan Freeman.
Grandiloquência é a maior qualidade e o maior defeito de Luc Besson. Com uma estética que beira o cafona e óperas espaciais malucas, o francês conseguiu conquistar, merecidamente, destaque internacional. Só que, nos últimos anos, a opção foi pelo genérico, derivativo. “Lucy” é uma tentativa de obra autêntica. Só que… Não tem muito drama. E a ação é previsível. A falta de arco dramático lógico atrapalha uma trama que é, de fato, original, e mostra os efeitos de uma nova droga, que transformam uma mulher em uma ilógica arma fatal. Cotação: nota 3/8.

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André Bloc

Redator de Primeira Página do O POVO, repórter do Vida&Arte por seis anos, membro da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine).

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