Os estudos indicam ser pouco provável que um único fator isolado seja o responsável por desencadear uma depressão, mas sim que ela seja resultado de um conjunto de diferentes fatores, que interagem entre si. Alterações biológicas, componentes da história de vida, características ambientais e psicológicas foram evidenciados como fatores importantes para compreender o início e a evolução da depressão.

A depressão clínica é diferente do declínio passageiro do humor vivenciado quando normalmente uma pessoa reage a uma perda. Uma pessoa sob efeito de depressão tende a considerar difícil realizar atividades normais, e pode perder o interesse até mesmo em prazeres rotineiros, tal como assistir um filme, sair com amigos para um restaurante, dentre outros.

Em geral, a depressão ocorre por um período limitado, e episódios não tratados tendem a se resolver em prazo de três a seis meses. Contudo, é freqüente a recaída, e aproximadamente 15-20% das pessoas evoluem para quadros crônicos de depressão. Sendo assim, o tratamento feito no início torna mais fácil o controle do quadro, pois pode acelerar a recuperação, a manter a melhora e prevenir recaídas. Essa abordagem tem incentivado tratamentos psicológicos com vistas a ensinar aos pacientes habilidades cognitivas (pensamento) e comportamentais para o enfrentamento da depressão.

Tem sido demonstrado que tratamentos psicológicos comportamentais e cognitivos-comportamentais são eficazes para combater a depressão clínica. Na prática, o tempo de tratamento pode variar consideravelmente, e isso depende da análise dos fatores que desencadearam a depressão, bem como dos fatores que participam no enfrentamento da mesma.

Depressões que evoluem provocando importantes incapacitações do funcionamento global do indivíduo geralmente necessitam de intervenção psiquiátrica, e o tratamento medicamentoso associado com a psicoterapia, nesses casos, pode favorecer bastante o progresso do paciente.

Enfim, depressão é um problema de saúde que possui tratamento. Há grandes chances de recuperação quando a pessoa aceita as suas dificuldades e deseja melhorar, partindo em busca de tratamento.

Fonte: Portal Saúde

Texto: Elaine Leme da Silva (Psicóloga Comportamental do Centro Clínico Peruíbe)

Postato por: Ewertom Cordeiro

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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