Ela é sem dúvida uma das artistas mais criativas no país, um verdadeiro suspiro de alívio em meio a tanta “confusão e gritaria”. Fernanda Takai respondeu as nossas perguntas e a vontade era passar horas conversando com ela. A cantora estará em Fortaleza, na Caixa Cultural, por meio do projeto Palco Brasil e faz show nessa sexta-feira, às 20h, sábado, às 17h e ás 20h e domingo às 19h.

Os ingressos custam R$ 20 e R$ 10, para meia e  estarão a venda a partir dessa quinta-feira, dia 23, das 10h às 20h, na bilheteria da Caixa Cultura Fortaleza.

 

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Homem ETC: Qual a principal mudança da Fernanda do Rotomusic para a Fernanda que cantar hoje em Fortaleza?

Fernanda Takai: No mínimo duas décadas… mas meu espírito continua jovem. Acho que nossa essência permanece. A estrada me trouxe autoconhecimento e mais segurança. Hoje sei que minha vida faz sentido pelos caminhos que segui e as pessoas que encontrei.
Homem ETC: A sua versão (linda por sinal) de I Don’t Want To Talk About It está na abertura da nova novela da Globo e já é uma das músicas mais executadas nas rádios, como aconteceu escolha da trilha? Nunca vamos esquecer a abertura de Um Anjo Caiu do Céu, viu?!

Fernanda Takai: Eu vinha tocando essa música no fim de alguns shows da turnê “Na Medida do Impossível” desde 2013! Mas só a gravei agora e a direção da novela sentiu uma conexão com as cenas já filmadas. É ótimo quando esse tipo de coincidência acontece. Mas acho que não é a abertura não, só está na trilha mesmo. Tem uma outra música lá que a Roberta Campos canta que é de minha co-autoria. Ela se chama “Abrigo“. (a música toca também no encerramento da novela)

H.ETC: Você parece estar se divertindo sempre e tem um estilo único, qual o segredo para mesclar criatividade com mercado? Você pensa nisso quando está no seu processo criativo?

F.T: Tento sempre acreditar que minhas escolhas vão encontrar eco no público. Trabalhar sob demanda do mercado é muito cruel, realmente tem hora que só compensa a gente ser muito fiel aos nossos sentimentos. Isso é ter liberdade e sentir-se bem independente do sucesso ou não.

H.ETC: Por falar em mercado, o que acha do cenário musical atual?

F.T: O mainstream é sempre muito reduzido, se a gente olhar pra ele, parece que não nada mais sendo produzido… Acho ruim quando isso contamina o público e quem vai se espelhar nos ídolos de hoje pra começar uma carreira. Há muita gente bacana nova e gente mais velha que ainda está na ativa com muita criatividade. 
H.ETC: Fortaleza tem dado boas crias musicais como o músico Daniel Peixoto e a banda Veronica Decide Morrer, já chegou a ouvir algo da música independente alencarina?

F.T: Sinto-me bem desatualizada atualmente, preciso conhecer mais. O mais louco é que através da internet a gente pode chegar a muitos nomes, mas cadê o tempo pra dar conta de tudo? Vou garimpar alguns aqui.

H.ETC: Fernanda, uma coisa que amamos em você é seu visual, quem pensa isso junto com você? Sua parceria com o estilista Ronaldo Fraga é genial!


F.T: Ronaldo Fraga talvez seja o estilista com quem mais trabalhei ao longo da carreira, mas há alguns anos tenho usado muito Sonia Pinto e Anunciação. E no novo Música de Brinquedo quem cuidou do figurino foi o Rodrigo Fraga, irmão do Ronaldo que trabalha só com alfaiataria. Não tenho um consultor de estilo ou uma stylist, eu mesma escolho o que uso. Tem que ser confortável, prático por causa das muitas viagens e as peças se misturarem bem entre si.

H.ETC: E a pergunta que não poderia deixar de existir, para 2018, quais as novidades? Um novo livro a caminho, quem sabe?

F.T: Queremos viajar bastante com o novo disco do Pato Fu que foi lançado há pouco tempo. Eu tenho alguns planos, mas costumo guardar segredo e não dar muito detalhe pra eu poder trabalhar mais tranquila.
H.ETC: Obrigado pelas respostas, estamos ansiosos para ver o show!

F.T: Até mais, espero que fiquem felizes com esse formato proposto pelo projeto Palco Brasil!

Ela não é incrível?

 

Palco Brasil 80 e 90

Em seu terceiro ano, o projeto Palco Brasil aproveita o ambiente acolhedor da CAIXA Cultural Fortaleza para propiciar a interatividade dos artistas com o público. A cada apresentação, os cantores revelam histórias de suas carreiras e curiosidades sobre suas trajetórias. Nas edições anteriores, o projeto contou com shows de Hyldon, Chico César Paulinho Moska, Maria Gadu, Moraes Moreira e João Bosco.

Fernanda Bezerra, idealizadora do projeto, explica que, nesta terceira edição, a escolha se deu por artistas que participaram ativamente da construção da cena pop-rock brasileira dos anos de 1980 e 1990 principalmente. “O Palco Brasil foi criado para a Caixa Cultural Salvador, mas que neste ano acontecerá também em Fortaleza. A proposta é promover uma experiência íntima da plateia com o artista, fazendo um show cheio de memórias e músicas que marcaram cada trajetória”, revela a produtora cultural.

Arrecadação de livros

Durante a temporada do Palco Brasil na CAIXA Cultural Fortaleza, o público pode contribuir com a campanha de arrecadação de livros infantis. Os interessados em colaborar podem fazer sua doação no ato da compra do ingresso.

O projeto Palco Brasil segue ainda com shows de Zélia Ducan, de 1 a 3 de dezembro e Paulo Miklos de 8 a 10 de dezembro.

Para mais informações: 3453.2770 ou no site www.caixacultural.gov.br