Segundo o Bahia Notícias, o jornalista Ipojucã Cabral, diretor da Associação Baiana de Imprensa (ABI) vai iniciar uma campanha para “valorizar a profissão”.
O jornalista pretende criar o “Selo Azul” para dar reconhecimento às redações que só contratam jornalistas com diploma específico para o exercício da profissão.
“Não há incongruência, não há incompatibilidade entre a exigência do diploma para o exercício do jornalismo e o princípio constitucional da liberdade de expressão. Qualquer cidadão brasileiro pode manifestar sua opinião e pensamento livremente através dos veículos de comunicação. Mas o exercício cotidiano do jornalismo, este sim, deve ser feito por profissionais com nível superior, portanto, com diploma”, diz Ipojucã.
Vamos lá
Ok, de fato, inexiste confronto entre liberdade de expressão e a regulamentação da profissão de jornalista.
Agora, criar um “Selo Azul” para “certificar” redações parece uma iniciativa inócua, um pouco ridícula e fadada ao fracasso.
O selinho vai dar a impressão que jornalista é uma tipo de espécie em extinção, que precisa ser protegido da invasão bárbara.
[Por indicação de @elianecurvello]
PARABÉNS! PLÍNIO,
DESDE O PRIMEIRO INSTANTE VOCÊ SE POSICIONOU SOBRE O ASSUNTO MANTENDO, AGORA, TÃO SOMENTE A COERÊNCIA COM O QUE TEM DITO E ESCRITO.
Plínio, discordo de você. O “SeLo azul” vai funcionar como uma espécie de certificado para os veículos de comunicação que só contratam profissioanis que passaram pelo embasamento teórico da Academia. Isso não tem nada aver com a extinção dos jornalistas, ao contrário, representa a mobilização de uma classe que valoriza seu ofício e, portanto, não aceita que o mesmo não tenha o reconhecimento que merece !!
Quanta babaquice. Sou jornalista não-diplomado e hpa vi cada barbaridade nas redações por onde trabalhei que essa proposta parece coisa de menino. Mas tudo bem: se os jornalistas profissionais (muitos têm diploma mas sequer sabem escrever o português corretamente) vão ter um selo azul, os não-diplomados terão um selo verde – de liberdade. E com o tempo, como há duas correntes, vamos constituir empresas jornalísticas de não-diplomados. Vai ficar elas por elas.