Caros amigos, não tive a oportunidade de avisar-lhes antes que desde o dia 10 de janeiro estou de férias. Volto no início de fevereiro
Resolvi fazer uma viagem pelo interior do Ceará e vou contar aqui, sempre que possível, as coisas que julgar interessantes.
Quixadá
Em Quixadá vi o Açude do Cedro, o mais antigo do Ceará. A construção foi iniciada no ano de 1873, no Império, a mando de D. Pedro II; o trabalho foi concluído já República, em 1906.
Vocês podem não acreditar, mas na década de 1980 – não lembro exatamente o ano em que aqui estive – vi o Açude do Cedro, esse mar de água doce, completamente seco.
A cerca de seis quilômetro do Centro de Quixadá, o Cedro impressiona pela sua pela parede monumental – construída com mão-de-obra escrava – e pelos monumentos naturais do no seu entorno, o mais famoso, a Pedra da Galinha Choca, que já foi até motivo para filme dos Trapalhões.
Esporte radical
A cidade ganhou destaque mais recentemente por ter-se tornado área de esportes radicais aéreos, como a vôos com asa delta e outros equipamentos dos quais eu quero distância. Na Serra do Urucum, perto do Santuário Rainha do Sertão, há uma área para decolagem desses precários troços voadores.
Se você gosta desse tipo de loucura, o negócio é procurar o hotel Pedra dos Ventos, na rodovia que segue para Quixeramobim. O proprietário fez um resort para receber esportistas de todo o mundo – mas também hospeda o público, digamos assim, “normal”.
Chalé da Pedra e Área Q
Em Quixadá também foi filmado o hollywoodiano “Área Q” – filme de ficção científica com extraterrestes – que foi produzido no Ceará por esforço de Halder Gomes [o cara que fez o fantástico curta “Astista contra o caba do mal”]
Quixadá é famosa como o local onde os discos voadores mais gostam de pousar no Ceará, talvez atraídos pelos intrigantes monólitos onipresentes na sua paisagem.
O Chalé de Pedra, que vocês podem ver na foto, foi um dos locais da filmagem.
Hoje bem próximo ao centro da cidade o Chalé foi construído na década de 1920 por Fausto Cândido. Foi utilizado como moradia “da elite” até a década de 1980, quando o local era “só lagoas” e quase sem habitantes. O último morador foi o “dr. Petrônio” um gerente do Banco do Brasil que não deixou herdeiros – quando a Prefeitura assumiu a administração.
As informações acima me foram repassadas pelo Sílvio, que recepciona as pessoas que vão visitar o Centro Cultural Rachel de Queiroz [pouca coisa para ver, mas funciona também como escola de música], que fica na mesma praça.
Ele me pergunta se quero ver o chalé por dentro: “Claro!” São quatro cômodos, e não há nada dentro. Na locação para o “Área Q” o chalé vira um hotel.
Sílvio diz que há um projeto para transformar o lugar em um memorial para Rachel de Queiroz, a escritora quixadaense internacional, que sempre voltava à fazenda da família a “Não me Deixes”, hoje transformada em Área de Preservação Ambiental, por vontade dela.
Sobre Quixadá ainda ainda vou falar do Santuário Rainha do Sertão, onde estou hospedado.
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Veja mais fotos e mais informações.
Na cidade não há muitas opções de restaurante. Estive no “O Rinoceronte” [av. Plácido Castelo, 1699 – tel (88) 3412 3220] com self service [ou autosserviço como preferem os portugueses] a R$ 16,90 o quilo. Para jantar o sistema é “a la carte”, com pratos em torno de R$ 20,00 – para duas pessoas; à noite o lugar é fresco e agradável. O lugar é limpo a comida é boa e os funcionários são atenciosos.
No Açude do Cedro há três bares-restaurantes, o mais tranqüilo é o que ficado do outro lado da parede, um chalé encravado em uma pedra, próximo ao sangradouro do açude.
Sugestões de Leonardo Ribeiro, em comentário abaixo: [atualizado em 12/1/2010]: “Como acréscimo, se me permite, uma otima opção para almoço está na Peixada do Abelardo, no final da avenida Plácido Castelo n} 2575]. A cidade não oferece variedades para os noctívagos, além de bares refertos de álcool e forró (em verdade, zuada). Sugestão de hospedagem: Hotel Belas Artes [na saída de Quixadá, pela Rodovia do Algodão], com piscina e preço acessível, bem mais em conta do que o Pedra dos Ventos. Este fica muito distante do centro da cidade, cerca de 25 Km. Há, ainda, o restaurante Pé de Serra, na estrada do algodão, saindo de Quixadá indo para Quixeramobim, um pouco antes da bifurcação que leva a Banabuiú [fica a poucos quilômetros de Quixadá, indo em direção a Quixeramobim: o lugar é muito bonito]”. [Ente chaves observações de Plínio] [De Fortaleza a Quixadá, cerca de 180 km, pela CE 060, conhecida como “Estrada do Algodão”. Até Baturité, a estrada está em perfeitas condições, asfalto e sinalização vertical. De Baturité a Quixadá, o asfalto apresenta-se gasto, a sinalização um pouco apagada, mas visível; com alguns buracos em alguns trechos, mas perfeitamente transitável, sem maiores sobressaltos.]
Plínio, se Juazeiro do Norte estiver em seu roteiro, avise-me que eu tenho umas dicas interessantes pra lhe dar. Boa viagem/viajem.
Danúzio,
Juazeiro está no meio roteiro. Agradeço se enviar sugestões. Vou escrever diretamente para o seu e-mail.
Agradeço,
Plínio
Plínio, bons dias! Aliás, ótimos, dada a terrinha onde você se aboletou nesses momentos de ócio criativo e produtivo. Olha só: tenta dar uma provinha no peixe e no camarão do Orleans, “o rei da peixada”. Fica na entrada do portão que dá acesso ao açude do Cedro. Conhecidíssimo. Muito boazinha a comida do restaurante que fica do outro lado da barragem do açude.
Se tiver curiosidade, pesquisa um pouco, conversando com as pessoas da cidade, sobre o PACOTI, homem que foi santificado pelos moradores entre os anos 1940 e 1950. Tem família Ferreira no meio da história. Depois lhe assunto mais a respeito para você compreender os meandros da história.
Outra boa pedida, claro, é a Pedra do Cruzeiro, que você TEM de subir, sob pena de não ter aproveitado uns 15% do que nossa Quixadá pode oferecer. Por fim, dê um puxadinha na perna e vá bater lá na Serra do Estêvão, onde o ex-presidente Castelo Branco se hospedou pouco antes do acidente de avião que o fez ir desta para pior.
Bom, acho que é mais ou menos por aí.
Boa viagem e forte abraço! 🙂
Agradeço, Daniel,
Hoje vou falar sobre a Pedra do Cruzeiro. Cheguei lá ao meio-dia e só fui até a metade.
Abraço,
Plínio
Plínio, trabalho em Quixadá e você resumiu o que há de melhor na cidade.
Como acréscimo, se me permite, uma otima opção para almoço está na Peixada do Abelardo, no final da avenida Plácido Castelo.
A cidade não oferece variedades para os noctívagos, além de bares refertos de álcool e forró (em verdade, zuada).
Sugestão de hospedagem: Hotel Belas Artes, com piscina e preço acessível, bem mais em conta do que o Pedra dos Ventos. Este fica muito distante do centro da cidade, cerca de 25 Km.
Há, ainda, o restaurante Pé de Serra, na estrada do algodão, saindo de Quixadá indo para Quixeramobim, um pouco antes da bifurcação que leva a Banabuiú. Compliquei? Só inda lá para ver.
Feliz cada novo dia…
Caro Leonardo,
Agradecido pelas sugestões, vou pô-las em um post para dar mais visibilidade. Hoje vou publicar mais algumas coisas sobre a cidade. Espero seus comentários.
Abraço,
Plínio
muito boa esta tua dica obg me ajudo muito com meu trabalho,e que estou me formando em turismo. valeu!
Plinio você ouvio falar da inaguração do açude do Cedro onde D.PedroII
comia pirão de batata com carne de carneiro.
Vou passar uns dias no Hotel Vale das Pedras e gostaria de saber se no açude do Cedro da para pescar de caiaques ,se é bom de peixe , etc…se algum pescador puder dar alguma dica agradeço desde já.
Caro Eduardo,
Não sou dado a esse tipo de esporte, mas em Quixadá, certamente, alguém saberá lhe informar.
Bom passeio.
Abraço,
Plínio