Entrevista Donaleda 01

David Lima nos vocais há 4 anos, Fabio Tavares no teclado, Daniel Feitosa no baixo, guitarras com Malakas e Fabrício, e na bateria – Edvar Higgs.

Com 4 discos lançados ao longo de 12 anos de existência, Donaleda, que começou como cover do Bob Marley, hoje é a maior banda de reggae autoral do Ceará e uma das maiores do Norte/Nordeste. O primeiro resultado desse projeto é o disco “Liberdade e Libertação”, lançado em 2003, que levou a banda ao topo das paradas de sucesso!

Eles já dividiram palco com grandes nomes como: The Original Waillers, Steell Pulse, Natiruts, Israel Vibration, Groundation… No momento, trabalham na gravação do seu 5º álbum, e nós tivemos o prazer de bater um papo super legal com eles. Confere como foi!


Vocês já tocaram em várias festas, Ceará Music, Festivais fora do estado…  Qual a música que marcou mais a trajetória da Donaleda?
Temos duas músicas que são hinos, que é Sistema Babilônico e Luz de Jah. São duas músicas que nunca, jamais, a gente pode deixar de cantar no shows.

Sistema Babilônico

Luz de Jah 

Fala pra gente como vocês lidam com essa questão da pirataria. Qual é a ideia que a banda tem em relação a isso?
David: A gente utiliza bastante a ferramenta da internet, até porque não pode ser diferente. Consideramos que a internet é uma ferramenta importantíssima, crucial, pra poder fazer uma historia legal. E a gente disponibiliza as músicas para download, tá tudo registrado, mas fazemos questão de disponibilizar elas pro nosso público. Hoje em dia está ficando cada vez mais raro as pessoas comprarem discos, e a gente realmente tira o sustento da banda dos shows.
Daniel: inclusive nosso primeiro cd que estourou, não foi o nosso primeiro mesmo, Liberdade e Libertação, foram os piratas, CDs de shows ao vivo, não temos como ir contra.

Vocês estão gravando o 5º disco, fala um pouquinho de como vai ser esse disco. Qual é a ideia central dele?
Estamos há um ano gravando, e algo que marcou esse disco é que a gravação dele está sendo muito mais livre e mais aberta do que a gravação do disco passado, que a gente chegou, já tinha tudo ensaiado e gravou rapidão. Esse não, a gente ta demorando um pouco mais pra gravar, às vezes aparece uma ideia… Outro dia tinha um violão 12 cordas aqui o Fabinho botou uma musica, ficou massa o arranjo e foi, no feeling total!

Como vocês se organizam? Quem compõe, quem coloca melodia?
David: Nesse disco tem composições do Daniel, composições minhas, tem também de um parceiro nosso que é o André Portela, e de outros parceiros. A ideia da música vem meio que de todo mundo, manda por e-mail, a gente escolhe e vamos ver como fica…
Daniel: Uma história legal, depois de uma das turnês que a gente fez no Pará, eu lembro do David desembarcando no aeroporto assobiando uma música, do caminho da van até o hotel ele criou uma letra, chegou lá começamos a cantarolar todo mundo junto, e ficou na cabeça. Chegamos aqui e gravamos!

Qual foi a festa que marcou por algum motivo, um momento muito especial que vocês abriram o show ou tocaram com alguém que admiram muito?
David: uma das primeiras experiências de palco com a banda foi um show que fizemos com Israel Vibration, que foi lindão, na praia e tal… e aí foi a primeira vez que eu escutei o baixo do Daniel tremendo no palco, e foi emocionante mesmo. E a segunda, foi quando eu acompanhei o Eric Donaldson, que ele veio aqui em 2010, e foi massa conviver e conhecer um cara contemporâneo do Bob Marley, outra cultura e tal.. foi massa!
Daniel: Pra mim foi com o meu grande ídolo, que é o baixista que acompanhou o Bob Marley em toda a sua carreira desde o começo até ele virar o Bob Marley The Wailers, ele fez todas as turnês e todos os discos do Bob, e eu tive o prazer, não só de tocar no mesmo palco que ele, mas também tive o prazer de conversar, sentar e trocar uma ideia, perguntar pelos outros integrantes… e eu saí de lá em estado de êxtase.

Desses 12 anos de estrada, qual é a maior diferença que vocês notam no publico da cena reggae?
Daniel: O que eu acho mais marcante é reencontrar as pessoas que acompanham a banda desde o começo e perceber que há uma nova geração, pessoas que montam fã clube, que sabem as músicas dos discos passados e sabem as músicas atuais. Que vai até pra outros estados… isso me marca muito.
David: Eu acho que o publico mudou, agregou. O reggae mundial já tem várias e várias vertentes, rolou uma junção de outros tipos de movimento com o reggae. Tem a historia do reggae roots, newroots, ragga, dubstep, várias vertentes, então agregou um publico maior aqui na cidade. Hoje existem muitos DJs também, antes não tinham tantos, só lembro muito do grande brother Gazos.

O que a Donaleda respira?
Música! (risos) Maresia, natureza, música de novo, cultura.

O Fabinho ainda mandou uma ideia bem legal pra terminar nosso papo:
A Donaleda procura misturar as culturas e aprender com as diversas opções musicais, sem ligar muito para estereótipos.
E a ousadia de chegar e convidar pessoas de outros estilos musicais vem de muito estudo. Fizemos uma gravação com o mestre Dominguinhos e foi super bacana e enriquecedor pra ambos. Pegar outras influências e aproximar do reggae é um desafio que nós sempre procuramos exercitar, como Waldonys e Nayra Costa que também convidamos para gravar.

 

Nosso agradecimento vai assim:

Site: http://www.donaleda.com/
Curta a fan page: facebook.com/donaledaoficial

Espero que vocês tenham curtido a entrevista tanto quanto eu curti fazer! Jah Bless! 😉

About the Author

Thalita di Paula

Uma sagitariana nata. Amante de Música, Internet, Marketing, Sol e Mar! Reggae Lover. Na playlist, O Rappa sempre.

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