Públio Lêntulo, nobre romano, que governava a Judeia no tempo de Jesus, numa carta ao Senado Romano, até hoje incontestada, diz assim:

“No momento em que vos escrevo, existe aqui um homem de singular virtude, que se chama Jesus. Os bárbaros o têm em conta de profeta, mas os seus sectários o adoram como filho dos deuses imortais. Ressuscita os mortos e cura os enfermos, falando-lhes e tocando-os. É de estatura elevada e bem conformada, de aspecto ingênuo e venerável. Seus cabelos de uma cor indefinível caem-lhe em anéis até abaixo das orelhas, e espalham-se pelos ombros com uma graça infinita, trazendo-os ele à moda dos Nazarenos. Tem fronte larga, espaçosa, e as faces coloridas de amável rubor. O nariz e a boca, de uma admirável regularidade. A barba, da mesma cor dos cabelos, desce-lhe espessa até ao peito, bipartida à semelhança de forquilha. Os olhos brilhantes, claros e pequenos. Prega com majestade; e suas exortações são cheias de brandura. Fala com muita eloquência e gravidade. Ninguém jamais o viu rir; muitos, porém, o têm visto chorar, não poucas vezes. É sobremodo sábio, moderado e modesto, um homem, enfim, que por suas divinas perfeições se eleva acima de todos os filhos dos homens”.

[Citado em: Chiappetta, Luís. Jesus, meu mestre: texto de religião para o curso ginasial e de madureza. 1ª. ed. vol. I – A Fé. São Paulo: Paulinas, 1960, p. 150.]

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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