O  perfil que se tem no imaginário coletivo de uma freira é de uma mulher frustrada, idosa e megera. Esse esteriótipo é fomentado muitas vezes pelos personagens de TV, sobretudo nas novelas. Outras imagem seria daquele freira bobinha, que se apaixona e está sob a tutele de uma outra irmã, a megera.

Na Espanha acontece um fenômeno. Uma freira de 43 anos está revolucionando um mosteiro de irmãs clarissas. A atual madre entrou na casa religiosa aos 18 anos, deixou a brilhante carreira que se espraiava, as festas e o basquete  para seguir sua vocação.

O resultado disso tudo é que irmã Verônica atraiu para o convento muitas vocações. Quando ela entrou fazia 23 anos que não ingressava uma noviça naquele claustro, hoje são 135 monjas e uma fila de pretendentes.

Nem mesmo O jornal espanhol “El Pais”,  como noticia a Agência de notícias Acidigital, um dos mais favoráveis a atual campanha socialista contra a Igreja Católica na Espanha, não pôde resistir de publicar uma extensa reportagem sobre a Irmã Verônica, quem segundo o jornal, “converteu-se no maior fenômeno da Igreja desde Teresa de Calcutá”; pois “fez daquele vetusto convento de Lerma uma atrativa bandeira para vocações femininas que conta com 135 monjas com carreira profissional e uma média de idade de 35 anos e uma centena mais em lista de espera. Já abriram uma sucursal na localidade de La Aguilera, a 40 quilômetros de Lerma, em um enorme monastério cedido por seus irmãos franciscanos.”

Segundo “El Pais”, a maioria das religiosas jovens que se viram atraídas pela vocação da Irmã Verônica “teve namorado e emprego… Não são freirinhas de escassa teologia… foram educadas na Igreja de resistência de João Paulo II. São militantes… São urbanas e com estudos. Nenhuma é imigrante. Há cinco irmãs da mesma família; 11 casais de irmãs de sangue e um de gêmeas. Abunda a classe média. E os títulos universitários. Esta comunidade oferece um completo catálogo de advogadas, economistas, físicas e químicas; engenheiras de estradas, industriais, agrícolas e aeronáuticas; arquitetas, médicas, farmacêuticas, biólogas e fisioterapeutas; bibliotecárias, filólogas, pedagogas e fotógrafas”.

As religiosas são um sinal eloquente na Espanha cada vez mais paganizada do poder de Deus que se manifesta a cada tempo com força indescritível. As irmãs recebem no locutório jovens, crianças e famílias, compartilham sua fé e fazem crescer o vigor da Igreja que é sustentada pelo Espírito.

As freiras e aqueles que dedicam à entrega total na vida religiosa ou consagrada estão aquém dos esteriótipos forjados e disseminados nos meios de comunicação.  Nem bobinhos, nem megeras, mas pessoas normais que utilizam de sua liberdade para escolher a melhor parte.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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