Foto: Rogério Rodrigues

Foto: Rogério Rodrigues

A manhã do primeiro dia de Renascer contou com  a pregação do Carmelita Descalço Frei Patrício Sciadini. O religioso acompanha os eventos da  Comunidade Shalom e tem diversas publicações pela editora da comunidade.“Toda alegria  deve ser comunicada”, iniciou o pregador. Deus é amor e Dele nasce a alegria e naturalmente deve ser transbordada. O Frei continuou relembrando o episódio da criação em que o Criador convida o homem a santidade e explicou, “santidade nada mais é do que a alegria de está unido a Deus”. Existe algo que pode frear a alegria em nosso coração, alertou o frade. Trata-se do pecado, ele nos deixa tristes  pois percebemos que fora da vontade de Deus não somos realizados. “Nunca vi em meus 64 anos um bêbado feliz; um esposo ou esposa que trai o seu cônjuge  serem felizes, ou ainda um padre que abandona o sacerdócio ser feliz”, exemplificou.

“A verdadeira alegria consiste em sair de si mesmo”, disse o pregador.  O carmelita alertou que não existe fórmulas para se alcançar a verdadeira alegria e rechaçou  as crendices em objetos que são apresentados como fonte de felicidade.

A alegria pode ser garantida pela fidelidade a Deus, ao próximo e à Igreja. Quando somos fieis asseguramos a preservação alegria e nos tornamos pessoas felizes, enraizadas na videira que é Jesus Cristo e nele encontramos a verdadeira vida.

“Nós somos construtores da felicidade, do nosso futuro, enfim, do amor”, ensinou Frei Patrício que prosseguiu o ensinamento explanado sobre a oração do Pai Nosso. “Somos felizes se acreditarmos no que ensina são Paulo ao mandar que sejamos alegres. Alegria é fé. Fé Jesus Cristo que morreu e ressuscitou por nós”, disse.

Quatro modelos de alegria:

A alegria passa pelo caminho da cruz, pela comunicação do amor ao outro. Quem retém o amor para si não pode ser feliz. Frei Patrício apresentou os 4 modelos de felicidade que Paulo VI descreve em sua Exortação Apostólica Sobre a Alegria Cristã .

1. A Virgem Maria aos pés da Cruz

A Virgem Maria aos pés da Cruz é exemplo de alegria pela vontade de Deus buscada e vivida por seu Filho, Jesus Cristo.

2. São Francisco de Assis

O Pobrezinho de Assis é apresentado pelo papa como modelo de alegria universal. Despojou-se de tudo, não reteve nada para si, alegrou-se com os estigmas recebidos do próprio Cristo.

3. São Maximiliano Kolbe

Este santo viveu no século XX e morreu num campo de concentração em Auschwitz. Encontrou a alegria ao entregar-se para morrer no lugar de um pai de família, concretizando o versículo bíblico não existe amor  maior que doar a vida pelo o outro.

4. Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Teresinha encontrou a alegria nas coisas pequenas. Foi uma carmelita que morreu aos 24 anos. Ensina-nos que a alegria não está fora de nós, mas dentro.

About the Author

Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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