A teologia da prosperidade é um mal pernicioso que tem sugado a crença de muitos fieis. Relacionar-se com Deus movido unicamente por uma recompensa não condiz com o ensinamento cristão autêntico, mais se assemelha a sistemas econômicos vigentes.
A fé é um dom e esta se alimenta e se solidifica pela gratuidade. Oferecer uma oferta, dízimo ou doação contando com recebimento corrigido não faz parte da experiência de fé, isso é mercantilismo, capitalismo, enfim, tudo, menos autêntico ato de fé.
Deus nos concede os bens conforme a liberalidade de seu amor e não segundo uma oblação do fiel. Mas não é isso que ensinam algumas denominações cristãs ávidas em crescer sua receita. Apresentam um deus comerciante, barganhador, que se inclina aos que esvaziam seus bolsos. Uma verdadeira ofensa ao criador.
Vê-se como slogan nas blusas dos obreiros de uma dessas igrejas ‘A fé por um sonho’, isso mesmo, a fé POR um sonho. Quanto vale sua fé? Valeria pelo sonho da casa própria? Ou por um carro? Uma viagem? O correto não seria fé PARA um sonho?
A fé uma dádiva, um dom e não um produto de troca, uma senha bancária. Quem se relaciona com Deus apenas nesta ótica definha e se perde em sua busca pela verdade.