“Eu não nasci para partilhar de ódios, mas somente de amor!”, é essa fala da personagem Antígone na Tragédia escrita por Sofócles, ato 14, que inspira um grupo de feministas francesas, formado com o objetivo de se oporem ao movimento Femen, militantes que se manifestam seminuas e com atos de violência reivindicando respeito às mulheres.

Foto: reprodução do site do movimento.

Foto: reprodução do site do movimento.

O grupo intitulado ANTÍGONES possui uma visão muito clara sobre o papel e o valor da mulher. Nasceram recentemente com o objetivo de combaterem o FEMEN, muito atuante na França por ocasião das manifestações pró-casamento gay. Impedidas pela polícia de chegarem a frente da sede do FEMEN em Paris, as ANTIGONES gravaram um vídeo no qual expõem seu manifesto. O vídeo teve milhares de visualizações. As mulheres falam diretamente ao grupo nascido na Ucrânia.

Acompanhe a compilação de alguns trechos:

“Afirmais que a condição da mulher se defende mostrando os seios, vos respondemos que se adquire com a dignidade.

Tradução: "Eu não nasci para partilhar de ódios, mas somente de amor!"

Tradução: “Eu não nasci para partilhar de ódios, mas somente de amor!”

Afirmais que a religião é uma alienação, vos respondemos que para muitas de nós é o caminho da liberdade e da auto-realização.

Afirmais que o machismo domina a sociedade e combateis os homens, vos respondemos que só com os homens seremos completamente mulheres.

Reivindicais a igualdade entre os sexos, vos respondemos que é a complementariedade entre homens e mulheres que enriquece a sociedade.

Pagam-vos por reivindicar vossas idéias, vos respondemos que com a causa da mulher não se faz comércio.

Afirmais-vos na indignação e na violência, nossa força é a calma e a determinação”.

Assista ao vídeo das ANTÍGONES

 

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=za9kSFtaBAw[/youtube]

Conhecendo o inimigo

Uma infiltrada do grupo ANTIGONE, a católica Iseul Turan, passou por seis sessões de treinamento na sede do FEMEN em Paris. Lá

Iseul Turan infiltrou-se no FEMEN

Iseul Turan infiltrou-se no FEMEN

aprendeu como as ativistas agem. ”

“A Polícia não é nossa inimiga mas nossa aliada, uma forma de conseguir fotos e ruído midiático”, lhes transmitia nas palestras Inna, uma das fundadoras. Desnudar-se foi sua forma de tornarem-se famosas, mas nem todas se atrevem, por que o grupo as admite para outro tipo de tarefas de apoio em cada ação, explica Iseul.

Quem são e como se organizam?

As FEMEN se organizam em três círculos concêntricos. O exterior, das simpatizantes, que se movem sobretudo em redes sociais para efeitos de propaganda. As militantes, por volta de vinte. E, por último, o núcleo duro que formam duas fundadoras, Inna e Oksana, e três francesas. Estas cinco mulheres mantém o contato com a base ucraniana, origem do movimento. Não combatem muito “por ideias”, conta a jovem infiltrada: “É o que mais me surpreendeu. Nada a ver com o feminismo intelectualóide que estamos tão acostumados na França. Elas estão na ação”.

Ditadoras

As fundadoras do FEMEN são acusadas pelo ramo brasileiro do movimento  de “ditadoras”. “Queriam que pichássemos o monumento do Cristo Redentor”, disse a responsável do Brasil que rompeu com as ucranianas.

Site: http://www.antigones.fr/

Pôst baseado em matéria publicada no site www.religionenlibertad.com, trechos com tradução do blog “Em Tudo a Vontade de Deus”.

 

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About the Author

Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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