O deputado federal, eleito por coeficiente eleitoral do Psol, Jean Wyllys, chamou um Tuiteiro de “negro gordo” e “burro” porque este discordou do ex-bbb sobre questões ligadas ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 122 conhecido como Lei da Mordaça Gay, recentemente apensado ao projeto do novo Código Penal.
Valmir Cesar escreveu a seguinte mensagem direcionada ao deputado: “ñ se faça de desentendido, vítima! vc sabem muito bem q a intenção do PL 122 era de acabar cm a liberdade de expressão“. Ao que o ex-bbb respondeu: “um negro gordo se opondo a um projeto anti-discriminação de minorias é mais que burrice: é fim de mundo!“.
O público reagiu negativamente à resposta de Jean. Em sua página no Facebook, o parlamentar se fez de vítima afirmando que o rapaz o “atacou”. Na verdade, Valmir apenas emitiu uma opinião contrária a de Wyllys. O vencedor do reality show mais famoso do Brasil chamou pela segunda vez o cidadão de “negro gordo”.
Na lógica do deputado Jean Wyllys parece inconcebível a uma pessoa negra e gorda, pertencente – segundo ele – a uma minoria emitir opinião contrária a qualquer lei, projeto ou ação considerada positiva para este grupo.
Imaginemos como Jean chamaria um negro que discordasse das políticas de cotas raciais ou um homossexual que rejeitasse o PLC 122, por exemplo. Certamente seriam alvos de sua verborragia, assim como foi o deputado Clodovil Hernandes, homossexual assumido mas discordante da agenda LGBT. “Ele tinha homofobia internalizada, ele não tinha orgulho da orientação sexual dele“, disparou o ex-bbb contra o então colega.
Assumindo a pele de vítima, o deputado se sente no direito de atacar quem pensa diferente de suas opiniões. Ao Papa emérito Bento XVI já o chamou de genocida em potencial; aos deputados que não comungam com o proselitismo gay ele rotula de fundamentalistas e pregadores do ódio.
O deputado que luta contra a intolerância mostra-se como o mais sem complacência, de todos, especialmente com os acima do peso. À apresentadora Mara Maravilha também chamou de gorda quando esta se manifestou contrária ao casamento gay.
E assim Jean Wyllys pensa que está no BBB onde pode ridicularizar as pessoas e quando se sente ameaçado refugiar-se na sombra de sua opção sexual. A vida não é um reality show e as pessoas podem ter opinião diferente, mesmo as negras e gordas.
Reparem que aqui nem falei da questão do racismo. Daria um pôst á parte.