O senador Cristovam em sua vida pública já endossou 375 proposições entre Projetos de Leis e emendas. Conseguiu ao longo deste tempo firmar-se como o “senador da educação”. Atualmente é o relator da Sugestão Popular 8 que pede a Legalização da Maconha para uso recreativo, industrial e medicinal. Cristovam parece simpatizar com a possibilidade de não arquivar a SUG 8 e tornar a Sugestão um Projeto de Lei.
Em 2012 o senador propôs uma emenda inusitada que ficou conhecida como a PEC (Projeto de Emenda Constitucional) da Felicidade. A proposição pretendia incorporar a “busca da felicidade” na Constituição. À época disse o senador ao Gazeta do Povo, “O Estado tem de eliminar os entulhos que atrapalham as pessoas na busca da própria felicidade”.
Resta saber se o senador Cristovam Buarque compreende a Legalização da Maconha como um desses entulhos que atrapalham o cidadão na busca pela felicidade ou se ele é da opinião que o consumo de drogas deve ser defendido como um modo de “bem estar” para o indivíduo.
Cristovam chegou a falar na quarta audiência sobre a Legalização da Maconha como algo relacionado ao “direito do diversão” . No encontro seguinte o tema voltou ao debate. O juiz Roberto Luiz Corcioli Filho chegou a defender a necessidade de drogas em uma sociedade. “Um mundo sem drogas significaria um mundo autoritário”.Um outro magistrado joeirou sobre a relação entre o consumo de drogas e o “bem estar”.
O público que assistia à audiência mostrou-se indignado com as colocações. O apresentador de TV Marcos Lima foi enfático ao se referir ao juiz que defendeu a Legalização como “bem estar”. “Felicidade nada tem a ver com o consumo de drogas”.
Mimimi reaça. A proibição só causou desgraças. Morte, corrupção, marginalização. Ela é danosa para toda a sociedade. Fato incontestável. Seu fim contribuiria para a felicidade, sim.