O arcebispo de Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, dom Murilo Sebastião Ramos Krieger em entrevista exclusivo à Agência de Notícias Zenit foi taxativo ao afirmar que a Reforma Política como está sendo propalada não encontra consenso entre os bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB.

Primaz do Brasil tem restrições com atual proposta de Reforma Polìtica

“Preferiria uma proposta nossa e, quem concordasse com elas, participasse de nossa campanha”, disse o Primaz ao discordar da CNBB participar de um “processo que engloba dezenas de grupos da sociedade civil”. O resultado é  que “algumas das propostas não correspondem ao que nós bispos defendemos ou, ao menos, o que muitos bispos pensam; nem algumas propostas que julgamos importantes estão ali”. Outro fato é que a maioria das assinaturas conquistadas para este pleito é coletada  por mediação da Igreja o que reforça a tese do Arcebispo que se deveria haver uma proposta de Reforma Política autoral da CNBB.

“A CNBB é uma instituição séria mas pode acontecer de seus membros errarem?”, pergunta a Agência. Onde há seres humanos há a possibilidade de erros. Minha longa experiência na CNBB tem me mostrado que se pode falar da presença do Espírito Santo naquelas iniciativas que foram rezadas, refletidas e debatidas por todos os bispos. Assim, num documento aprovado, não prevalece a ideia de um ou de outro; nossos documentos oficiais são a síntese do que os bispos pensam. Pode-se dizer, então, que aquele texto é o que o Espírito Santo está querendo falar às nossas Dioceses. Não digo o mesmo de iniciativas de pequenos grupos ou de comissões, onde facilmente pode prevalecer a ideia de uma pessoa ou de um grupo. Nesse caso, o que for apresentado não é um texto “da” CNBB, mas sim daquela comissão”.

Confira a íntegra da entrevista aqui

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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