A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB declarou em nota sua posição contrária à descriminalização do uso de drogas. “É importante a sociedade inteirar-se desta temática, pois a dependência química representa um dos grandes problemas de saúde pública e de segurança no Brasil“, lê-se em um trecho do texto.
A posição da Conferência chega no momento em que o Supremo Tribunal Federal – STF cogita liberar o porte de drogas como maconha, cocaína, crack, LCD,entre outras, decisão com consequências devastadoras para a juventude que já sofre pelos males da dependência.
“O uso indevido de drogas interfere gravemente na estrutura familiar e social. Está entre as causas de inúmeras doenças, de invalidez física e mental, de afastamento da vida social. A dependência que atinge, especialmente, os adolescentes e os jovens, é fator gerador da violência social, provoca no usuário alteração de consciência e de comportamento. O consumo e o tráfico de drogas são apontados como causa da maioria dos atentados contra a vida“, assevera o Presidente da CNBB dom Sérgio da Rocha que assina o documento.
A CNBB recorda que o Estado não trata de forma punitiva os usuários de drogas, graças ao artigo 28, que se“não prevê reclusão, mas a penalização com adoção de medidas de reinserção social”. ” A liberação do consumo de drogas facilitará a circulação dos entorpecentes. Haverá mais produtos à disposição, legalizando uma cadeia de tráfico e de comércio, sem estrutura jurídica para controlá-la”.
Leia a íntegra da nota, aqui.
O Movimento Brasil Sem Drogas – BSD que une católicos, evangélicos e espíritas a favor da vida contra a liberação das drogas concorda integralmente com o teor da nota. “É uma emergência nacional esta questão da descriminalização das drogas pelo STF. O Brasil Sem Drogas entende que a decisão vai potencializar o tráfico porque este se organizará a partir da nova definição”, argumento Luís Eduardo,membro do Movimento.
[youtube]https://youtu.be/57yCDQ3AomY[/youtube]O BSD acompanha as tentativas de legalização das drogas no país começadas de forma mais intensa ano passado através de uma Sugestão popular enviada ao Senado pelo militante pró-maconha André Kipper. A SUG 8 como ficou conhecida o protótipo de Projeto de Lei pretendia liberar o uso da maconha para fins medicinal,comercial e recreativo.
O Relator da SUG 8, o Senador Cristovam Buarque, mostrou-se simpatizante à legalização da maconha e aos poucos foi mudando o status de “Senador da Educação” para “Senador da Maconha”. As poucas audiências,embora tratassem de um tema de suma importância, foram marcadas com discrição sempre às segundas-feiras, em Brasília, dia de pouquíssima movimentação nas casas legislativas.