Neste domingo, dia 25, o INEP aplicou em todo país prova do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes – Enade.
No Caderno 13 das perguntas sobre Teologia, uma questão chamou atenção pela aparente defesa ao suicídio assistido, prática reprovada de uma forma geral pela bioética.
No enunciado, a questão apresentou uma notícia sobre a decisão do teólogo Hans Küng, excomungado na década de 90, pela prática. “Hans Küng, um dos mais famosos teólogos contemporâneos – conhecido primacialmente pelas ideias progressistas na reinterpretação da tradição-, pretende escolher o caminho do suicídio assistido”, lê-se no trecho inicial da questão.
O enunciado seguiu-se de quatro afirmações para que o aluno posteriormente escolhesse entre as combinações que estivessem corretas de acordo com “o diálogo da Teologia com a Bioética, que assegura a dignidade humana”.
Problema que entre as combinações, duas alternativas ( I e IV) acenavam para o aspecto positivo da prática, coisa contrária à promoção da dignidade humana. Deste modo, em quaisquer das opções apresentadas, o estudante se obrigava a marcar opção favorável à prática.
Isso, Vanderlúcio, o texto, baseado em Hans Küng, propôs isso, sobretudo no desenrolar das opções. Para nós, cristãos católicos, poderíamos marcar a opção II e III, visto que para o Magistério da Igreja o Suicídio Assistido é inadmissível (Eutanásia). Recentemente a Igreja modificou o Parágrafo do Catecismo tornando inviável a Eutanásia como afirmação absoluta da vida. Já a Constituição Brasileira fala do Direito à Vida. No entanto, o ENADE incluía as duas opções, mas juntamente com a IV opção, que falava que o “suicídio assistido fundamenta-se teologicamente na dignidade humana e na esperança da vida eterna, não podendo ser comparado ao autoassassinato arbitrário e ímpio” Na verdade, fomos obrigados a escolher a questão, mesmo sem concordar com ela. Acaba sendo uma indução. Vejo mais, a questão do Suicídio Assistido é uma grande discussão no mundo e no Brasil, por isso se “força” a ter que admitir isso de alguma forma, sobretudo quando a Prova não oferece ao aluno de Teologia a referência daquilo que é ensinado no Curso de Teologia pela sua Igreja. Questão bem complexa! Paciência! Quem puder refletir, que reflita!