“O Junin estava nos planos de Deus para mim”, conta emocionada Franci Rangel, a Chaguinha, sobre o quê representa o filho Francisco Júnior. Junin nasceu com Síndrome de Down e hoje, aos 46 anos, está competindo o Pan-Americano de Karatê, que acontece no Panamá. No Dia Internacional da pessoa com Síndrome de Down Junin representa o Brasil no Tatame. O atleta disputa em sua chave com americanos, canadenses, mexicanos e chilenos.
“Quando ele nasceu, o médico pediatra, com muita distinção, pediu-me que o levasse a um neurologista para fazer uns exames. Levei-o! Recordo-me que este neurologista foi bem grosseiro e disse-me em tom áspero ‘seu filho é retardado’. Fiquei triste com a maneira do médico”, desabafa Chaguinha que disse ainda ter passado por muitas outras contrariedades. “Sofri descriminação nas escolas, as mães fazendo movimentos para que as diretoras tirassem o Junin da sala de aula”.
A aposentada relata que contava com o apoio das diretoras e de uma excelente médica que acompanhou o Junin desde bebê , a dra. Silvia Maria Lemos. Hoje Francisco Júnior é um atleta de Karatê, na categoria especial, faixa marrom. “Ele treina com o professor Glauber Sousa,a quem devo todo o trabalho e esforço para o Junin ser hoje, tetra campeão Brasileiro e Penta campeão Cearense”, diz orgulhosa Chaguinha sobre o filho que já participou do mundial na Áustria, cidade de Lins,representando o Brasil.
Devoto de missa dominical, apaixonado pela Igreja e pela vida dos santos, Junin mantém uma rotina de fé junto à mãe, uma difusora da Espiritualidade do Cenáculo com Maria. Habilidoso também com as artes, Junin desenvolve trabalhos com macramê e artesanato.