Francisco Roberto Vieira de Sousa procurou o posto de saúde da cidade de Santa Quitéria porque estava sentindo falta de ar, pressão no peito e tosse. Ao fazer os exames recomendados, o paciente descobriu que estava com insuficiência renal. Há um mês, Francisco Roberto faz tratamento de hemodiálise na Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS). Ele é um dos pacientes beneficiados com as 26 novas máquinas de diálise e 40 novas poltronas, equipamentos que acabam de ser adquiridos pelo setor.

Novas máquinas e poltronas para o Serviço de Hemodiálise. Foto: divulgação.

Na diálise, ocorre uma substituição da filtragem de sangue que normalmente é feita pelos rins. Os pacientes que necessitam fazer o procedimento, que dura em média quatro horas, geralmente fazem as sessões três vezes por semana. Cerca de 20% dos pacientes atendidos pela Santa Casa reside em Sobral. A grande maioria, oriunda de outros municípios, geralmente dedica o dia todo para fazer o procedimento.

Com as novas máquinas e poltronas, os pacientes terão mais conforto e segurança nos procedimentos. “As máquinas antigas apresentavam defeitos com frequência e às vezes precisavam parar, comprometendo todo o fluxo de atendimento aos pacientes”, explica o diretor e responsável técnico pelo setor de Hemodiálise do Hospital, Paulo Roberto Santos. São 120 procedimentos de diálise realizados por dia, divididos nos turnos da manhã, tarde e noite, de segunda a sábado.

Para atender aos 245 pacientes que utilizam o serviço de Hemodiálise, a Santa Casa conta com equipe multiprofissional formada por psicólogo, nutricionista, assistente social, enfermeiros, 30 técnicos de enfermagem e dois médicos nefrologistas, além de cinco profissionais que atuam no setor administrativo. Os pacientes que passam pelo procedimento contam com alimentação durante todo o dia, cuja dieta é personalizada, atualizada regularmente pela nutricionista do setor.

Serviço de Hemodiálise da Santa Casa já realizou 15 mil sessões em 2019

Ao chegar à Santa Casa, o paciente é atendido para a identificação da necessidade ou não de passar por diálise e os exames são checados. Geralmente os pacientes que chegam ao Hospital já estão com o funcionamento renal em menos de 15%. “Entre os sintomas deste estágio, devido ao acúmulo das toxinas na corrente sanguínea, estão a ocorrência de náuseas, vômitos, falta de apetite, fraqueza, emagrecimento e desorientação, podendo o paciente até chegar ao coma”, destaca Paulo Roberto Santos.

De acordo com o médico, a insuficiência renal é silenciosa e pode permanecer um longo período sem apresentar sintomas. Na maioria dos casos, o paciente só descobre o problema quando o funcionamento dos seus rins está em 15%. “Uma das formas de rastreamento da doença é a verificação da dosagem de creatinina no sangue, com a realização de exames de rotina”.

Notícia plugada do Portal da Santa Casa de Misericórdia de Sobral.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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