Padre Fábio de Melo se uniu ao coro de milhõe de brasileiros contrários à lei que permite a “saidinha” da prisão de criminosos. A repercussão se deu após o sacerdote criticar a liberação de Alexandre Nardoni pela justiça, para comemorar o Dia dos Pais. Nardoni foi preso acusado de assassinar a própria filha em um caso que comoveu o país.
Na opinião do padre, publicada em seu perfil no Twitter, “a saidinha deveria ser permitida somente no dia de finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram”. O comentário foi o suficiente para atiçar a sanha dos justiceiros e problematizadores da internet.
Não entendo de leis, mas a “saidinha” deveria ser permitida somente no dia de finados. Para que visitassem os túmulos dos que eles mataram. https://t.co/WnS4Swov6F
— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) August 8, 2019
Ao ser questionado pelos odiadores da internet, o padre manteve sua opinião e embasou. Entretanto, deu a entender que não permaneceria mais nesta rede social, o que não foi confirmado.
O nome do padre foi alçado ao topo dos assuntos mais comentados na rede azul. Quem se posicionou contra a opinião do sacerdote foi a militante pró-aborto, dra. Débora Diniz, defensora da “saidinhas” da prisão, “como parte de um calendário de retorno à vida social”.
Padre Fábio de Melo não se intimidou diante do barulho dos odiadores. “É o grupinho da discordância, resultado nefasto da era da problematização “, definiu o sacerdote que também é escritor e filósofo.
É o grupinho da discordância, resultado nefasto da era da problematização. Sabem perfeitamente que a indignação pública é um fato. Não estamos questionando o que a lei permite. Estamos indignados é com o que a lei permite.
— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) August 8, 2019
O sacerdote é conhecido pelas postagens bem humoradas e tiradas sarcástica, mas não agrada aos “politicamente corretos” quando traz um tema social como este que possui ampla concorrência da população.
Confira alguns tweets de Padre Fábio de Melo.
E sei que os problematizadores problematizarão a questão do excesso de problematização. pic.twitter.com/DlAx9kZHy5
— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) August 7, 2019
Nunca tive dificuldade com as diferenças. Aliás, o meu ministério sempre foi exercido entre elas. Mas a dialética, um dos movimentos que nos permitem o acesso à verdade, vem gradativamente sendo substituída por acusações e julgamentos.
— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) August 9, 2019
Desde ontem, quando expressei minha indignação sobre a “saidinha”, estou sendo acusado de justiceiro, desonesto, desinformado, canalha e outros nomes impublicáveis. Só reitero. Já atuei na pastoral carcerária. Sei sobre a necessidade da ressocialização dos presos.
— padrefabiodemelo (@pefabiodemelo) August 9, 2019
https://twitter.com/pefabiodemelo/status/1159820929364635653?s=19