O poeta é uma forma de ser no mundo. O poeta nos ajuda a traduzir e contornar algo de intragável no mundo: a realidade e a ausência de sentido. Assim a poesia nos protege de um absolutismo da realidade.

O poeta nos faz enxergar nas letras o que o olho desnudo não é capaz por si só.

Sinto que todo apaixonado já tentou ser poeta em algum momento. O que se torna possível quando pensamos o poeta, não como um ofício ou profissão, mas como uma forma de ser no mundo a partir de uma linguagem ou uma narrativa.

Para Lacan, “o poeta seria aquele que estabelece uma nova relação simbólica com o mundo”. A poesia nos apresenta uma visão de mundo. “Aonde quer que eu vá, eu descubro que um poeta esteve lá antes de mim…”, disse certa vez Freud.

Muitas vezes a ciência tenta comprovar o que um poeta já disse anteriormente. “(…) Entretanto, ambos, olhamos através da janela da alma” (Arthur Schnitzler para Freud).

[WILLIAM MAC-CORMICK MARON, psicanalista]

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Pati Rabelo

[Idealizadora do projeto multiplataforma “Assim Caminha a Humanidade” • Roteirista, pesquisadora, produtora e co-host do podcast @assim_caminha] Graduada em Comunicação Social, Pati foi editora de livros por dez anos e atualmente desenvolve projetos audiovisuais. E, entre a edição de um livro e outro, escreveu em veículos como Update Or Die, São Paulo Fashion Week (FFW), O Futuro das Coisas, O Povo online, revista PIX e Digestivo Cultural, entre outros. No ACaH, é responsável por colocar as engrenagens em movimento, fazendo conexões entre as ideias de cada episódio e gerando provocações e insights a respeito dos temas discutidos, como uma “Emília” de Monteiro Lobato. É associada da Joseph Campbell Foundation (www.jcf.org).

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