Saneamento Básico

Saneamento Básico

1. Saneamento Básico, o Filme (BRA, 2007), de Jorge Furtado. Comédia. Entre o ridículo e caricato, à crítica social. A história da pequena comunidade do Rio Grande do Sul que se une para fazer um filme e receber dinheiro para uma obra de saneamento é hilária. Ao mesmo tempo, o longa é uma ode ao fazer cinematográfico, sempre cheio de dificuldades. Cotação: nota 6/8.

The Hunting Ground

The Hunting Ground

2. The Hunting Ground (EUA, 2015), de Kirby Dick. Documentário. Apesar da montagem tanto quanto “quadrada”, “The Hunting Ground” é um doc de tirar o fôlego. A escalada positiva das resoluções das personagens é uma quebra boa para uma história tão densa. A trama fala da epidemia de estupros em campi de universidades norte-americanas, que quase sempre encobrem os crimes. Cotação: nota 5/8.

Louis C. K. Live at the Comedy Store

Louis C. K. Live at the Comedy Store

3. Louis C. K.: Live at The Comedy Store (EUA, 2015), de Louis C. K. Comédia stand up. Louis é tão engraçado que é ofensivo. Ancorado na trajetória de pai politicamente incorreto, o humorista destila horrores sobre a cultura norte-americana, sobre as próprias filhas e, em especial, sobre si. No fundo, Louis faz humor sobre os limites para se fazer humor. Cotação: nota 7/8.

Era uma Vez na América

Era uma Vez na América

4. Era uma Vez na América (ITA/EUA, 1983), de Sergio Leone. Drama/Crime. Aviso: vou sempre incluir uma obra-prima do Leone nas listas. “Era uma Vez na América” é o seu derradeiro filme de ficção e é um drama de máfia. A única comparação cabível é essa. O longa de Leone fala tão profundamente de amizade quanto a trilogia “O Poderoso Chefão” aborda família. A trama acompanha um grupo de trambiqueiros judeus na época da proibição da venda de álcool nos EUA. Cotação: nota 8/8.

Homem Irracional

Homem Irracional

5. O Homem Irracional (EUA, 2015), de Woody Allen. Drama/Comédia. Uma nova revisita de Allen ao clássico “Crime e Castigo”, de Fiódor Dostoiévski. E bem menos inspirado que “Match Point” (2005). A trama de um atormentado professor de filosofia que reencontra o tesão pela vida ao decidir cometer um crime funciona até a metade. Depois vira uma caricata comédia de erros. Cotação: nota 4/8.

Wall Street

Wall Street

6. Wall Street: Poder e Cobiça (EUA, 1987), de Oliver Stone. Drama. Taí uma obra que dá saudade de seu autor. Gordon Gekko (Michael Douglas) é um personagem delicioso por ser tudo que amamos odiar. É inteligente, manipulador, inescrupuloso e vive do trabalho alheio. 30 anos depois, “Wall Street” segue como uma visão atual e desconstruída do mercado de atuações, revisitada em obras como “O Lobo de Wall Street” (2013) e “A Grande Aposta”. Cotação: nota 6/8

O Mensageiro do Diabo

O Mensageiro do Diabo

7. Mensageiro do Diabo (EUA, 1955), de Charles Laughton. Drama/Suspense. Apesar de profundamente machista, o clássico segue uma obra-prima que responde à sua época. Robert Mitchum é um pastor inescrupuloso que invade o seio de uma família em busca de dinheiro fácil. Uma obra definitiva sobre consciência. Cotação: nota 7/8.

Branco Sai, Preto Fica

Branco Sai, Preto Fica

8. Branco Sai, Preto Fica (2014), de Adirley Queirós. Ficção científica/Documentário. O nível de inventividade da obra já transparece no pareamento de gêneros. É um misto de doc com ficção científica. Apesar de tanto quanto hermético, principalmente na parte da “ciência musical”, o filme brasiliense é um soco no estômago. O filme acompanha a investigação de um homem do futuro sobre um caso de violência policial racista ocorrido na década de 1980 na periferia de Brasília. Passado, presente e futuro se encontram na figura de duas das vítimas de então. Cotação: nota 6/8.

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André Bloc

Redator de Primeira Página do O POVO, repórter do Vida&Arte por seis anos, membro da Associação Cearense de Críticos de Cinema (Aceccine).

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