Além da responsabilidade de vencer em casa e reinar sozinho na categoria, Aldo tem ainda a missão de evitar que o Brasil fique ainda mais em baixa na organização, levando em conta que uma derrota sua deixaria o País com apenas um campeão (no caso, Amanda Nunes, dona do cinturão do peso-galo feminino) em 11 categorias do Ultimate. Um cenário extremamente incomum para os brasileiros, que até pouco detinham a hegemonia de títulos da franquia, quando Anderson Silva, Júnior Cigano, Renan Barão e o próprio Aldo reinavam em suas divisões.
Recuperado da derrota para Conor McGregor, em dezembro de 2015, que lhe custou a perda de uma invencibilidade de 10 anos e o cinturão dos pesos-penas por alguns meses, Aldo quer mostrar que, no auge de seus 29 anos, ele é quem é “o cara” dos pesos-penas.
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“Eu não sou de falar muito, mas as pessoas já sabem que quando eu entro no octógono eu sou agressivo, todo mundo já sabe da agressividade do Aldo. Eu respeito o Holloway, mas lá em cima eu vou passar por cima dele”, prometeu o manauara radicado no Rio, de 29 anos.
Pela frente, o brasileiro vai encarar um adversário que vive ótima fase, embalado por 10 vitórias seguidas no Ultimate e está invicto há quase quatro anos. Aos 25 anos, o americano, natural do Havaí, é um dos símbolos da nova geração de atletas de MMA de alto nível e foi o último atleta que Conor McGregor, atual campeão pesos-leves, não conseguiu noacutear no UFC, em duelo que o irlandês levou a melhor por pontos, em agosto de 2013. “Eu respeito o cara, ele é o maior de todos. Mas é hora de uma nova era”, concluiu.
Além de Aldo x Holloway, o UFC 212 traz em sua co-luta principal o duelo entre o brasileiro Vitor Belfort e o americano Max Holloway, pela divisão dos pesos-médios. No auge de seus 39 anos, Belfort entra no ocotógono pressionado por três derrotas seguidas e pode estar fazendo sua última luta em casa na carreira. Outro combate de destaque é o embate feminino em que a potiguar Claudinha Gadelha mede forças com a polonesa Karolina Kowalkiewicz. Uma vitória pode colocar a brasileira em uma nova disputa pelo cinturão dos pesos-palhas.
Viviane Pereira, a Sucuri, sobe no octógono mais famoso do mundo do MMA pela segunda vez neste sábado. A lutadora cearense é uma das atrações do card preliminar do UFC 212. Em duelo da categoria peso-palha feminino, a fera da equipe Dragon Kombat enfrenta a americana Jamie Moyle.
Após mostrar o seu cartão de visitas vencendo por pontos Valérie Létourneau no Canadá em sua estreia, no fim do ano passado, Sucuri faz sua primeira luta pelo Ultimate em casa.
“Está sendo muito especial para mim. Até porque foi no Rio que eu fiz a minha primeira luta profissional, contra a Duda Yankovich (em outubro de 2013, pelo Bitetti Combat). Tenho muitos fãs no Rio. Gente que, mesmo que se eu não estou lutando, pedem para eu ir lá, fazer uma visita, para a galera fazer foto e me conhecer melhor. Espero contar com a torcida de todos”, disse Sucuri ao O POVO.
Invicta, com um cartel de 12 vitórias em 12 combates profissionais, a cearense quer dessa vez brindar o público com um nocaute para, aos poucos, ir galgando um lugar entre as TOPs de sua categoria. “A meta é chegar o cinturão”, diz a atleta de 23 anos, que atua na divisão que tem como campeã a polonesa Joanna Jędrzejczyk.