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Água, lama e muitos obstáculos pelo caminho

Nada de areias fofa, praia ou dunas. Asfalto? Até que havia, mas pouco. O que tinha pelo caminho era pau, pedra e lama. Muita lama. O Ases Adventure é assim. Uma surpresa atrás da outra, um desafio diferente em poucos metros. Por tudo isso, participar de uma prova assim nunca é igual. Não há a rotina das grandes retas ou das consecutivas voltas em torno de um circuito. Ora, ninguém é um ramster!!

A etapa de abertura do Circuito Ases Adventure reuniu, no primeiro domingo de abril, pouco mais de 60
aventureiros no Sítio
Beira Rio, no Eusébio. Uma
grande área
verde aonde
se respira o clima de interior,
do sertão cheio de vida. Tem mata fechada, lagoa, córregos, mosquitos, vacas e aquele cheiro de fazenda que não tem adjetivos que expliquem.

Nesse cenário afastado da cidade, o desafio era percorrer sete pontos de controle (PC) espalhados em torno de trilhas variadas. O percurso tinha de cerca de 8km. Cada um traçava sua estratégia de prova. O mapa chegou 5 minutos antes da largada. Era pensar rápido e sair correndo. Mas nem tanto, pois logo nos primeiros metros a lama já dava as boas-vindas. E olha que o Sol já estava a pino e com força logo às 8 horas.

 

Mistura total

Esse clima rústico é que torna o Ases Adventure uma atração cada vez mais procurada pelos corredores de rua. Em sua 26ª edição, a prova mistura um pouco do urbano e do country àquelas brincadeiras infantis de caça ao tesouro. No caso, os PCs. Tudo com muito contato e respeito com a natureza e seus habitantes.

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Corredores ouvem explicação antes da largada

Mesmo entre os participantes não há aquele clima de rivalidade. Uns orientam aos outros na indicação do caminho ou param para ajudar a vencer um obstáculo mais difícil. Nem que isso signifique alguns minutos a mais no final.

Minha equipe, por exemplo, parou por quase cinco minutos para ajudar um corredor veterano a vencer um portão alto com ferro enferrujado. Uma queda que poderia ter significado alguns ferimentos perigosos ao atleta.

 Outro fator bacana e diferente é na escolha do caminho a percorrer. Não há cones. Só o mapa e algumas referências do local do PC. O segredo é não errar a trilha e ter que voltar metros e metros. Nessa prova, por exemplo, quem optou em ir logo ao primeiro posto, o mais perto, acabou perdendo tempo demais.

 

Muro salvador

Para chegar até ele era preciso vencer um trecho de quase 100 metros com a água no joelho. E depois correr a prova toda com o tênis encharcado. Minha equipe ia até bem, mas no penúltimo PC, cometeu um erro procurando uma trilha que não existia. Entramos em mato fechadíssimo e perdemos mais de 20 minutos até encontrar um muro salvador.

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Marcelo (e), Danilo e Paulo Rogério (d)

Foi preciso subi-lo para achar nossa localização – perto de onde
havíamos entrado. Detalhe:  não é permitido uso de GPS ou bússola.
O erro foi decisivo para nos deixar na penúltima colocação, cheio
de arranhões, picadas,
lama por todo corpo, mas
satisfeitos com a aventura
cumprida.

E o melhor. Prontos para a próxima. O local? Bom, este sempre será a grande surpresa dessa aventura com data marcada – 31 de julho.

Mais fotos em www.caprius.com.br

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Felix Luis

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